O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deu um grande passo para ajudar as empresas brasileiras a crescerem. Nesta quarta-feira (20), o banco anunciou que fará empréstimos usando a moeda chinesa, o renminbi . Essa mudança é importante porque pode deixar os empréstimos mais baratos e acessíveis para as empresas brasileiras, especialmente aquelas que fazem negócios com a China. Ao usar o renminbi empresas brasileiras podem evitar algumas das oscilações do dólar e ter mais segurança em seus negócios.
Durante a visita do presidente da China ao Brasil, os dois países deram um passo importante para fortalecer a parceria econômica. O Brasil e a China assinaram um acordo para que um banco brasileiro, o BNDES, possa pegar emprestado 5 bilhões de renminbi vale mais ou menos R$ 4 bilhões) da China.
Esse dinheiro será usado para financiar grandes projetos no Brasil, como a construção de estradas, portos e fábricas, e para gerar energia. Esse acordo mostra que os dois países estão trabalhando juntos para desenvolver suas economias.
A assinatura desse acordo representa um marco significativo na intensificação da cooperação financeira entre Brasil e China. Ao utilizar moedas locais para as transações, os dois países buscam reduzir a dependência do dólar norte-americano e fomentar o comércio bilateral de forma mais eficiente.
Essa parceria estratégica demonstra o compromisso mútuo de fortalecer os laços econômicos e promover o desenvolvimento sustentável em ambas as nações.
A visita do presidente da China ao Brasil foi muito importante para os dois países. Durante esse encontro, os líderes brasileiros e chineses assinaram muitos acordos para trabalhar juntos em diversas áreas. Além de um acordo para que o Brasil possa pegar empréstimo da China para investir em grandes projetos, os dois países também concordaram em cooperar em áreas como agricultura, educação, ciência e tecnologia. Isso mostra que a parceria entre o Brasil e a China é muito forte e vai trazer muitos benefícios para ambos os países.
Os dados do comércio bilateral entre Brasil e China nos primeiros dez meses de 2024 confirmam a tendência de crescimento das relações comerciais entre os dois países. O volume de US$ 136,3 bilhões em transações e o superávit comercial de US$ 30,4 bilhões demonstram a importância da parceria econômica para ambos os países. Essa intensa troca comercial contribui para o desenvolvimento econômico de ambas as nações e gera empregos e renda para milhares de pessoas.
História e características do renminbi
O renminbi foi criado em 1949 pelo governo da recém-estabelecida República Popular da China, como parte de seus esforços para estabilizar a economia e consolidar o controle centralizado. Embora tenha enfrentado desafios iniciais, como a hiperinflação, ao longo do tempo se consolidou como uma das principais moedas do mundo.
A unidade básica do renminbi é o yuan. Embora muitas vezes usados como sinônimos, renminbi se refere ao nome da moeda, enquanto yuan é o termo utilizado para a moeda em circulação. Por exemplo, ao ter 10 yuan em sua carteira, você está utilizando o renminbi como moeda.
O símbolo da moeda é ¥, similar ao do iene japonês, mas distinguido pelo contexto. O código ISO 4217 para o yuan é CNY (Chinese Yuan), enquanto RMB é frequentemente utilizado em contextos financeiros. Para transações internacionais, também é utilizado o código CNH, que se refere ao renminbi negociado fora da China.
Uma característica importante do renminbi é que ele é controlado pelo Banco Popular da China (PBOC). Diferente de outras moedas flutuantes, seu valor é fortemente regulado pelo governo chinês, permitindo um controle sobre a política monetária e a estabilização da economia.
Impacto do renminbi na economia global
O renminbi tem ganhado crescente relevância no cenário econômico mundial. Em 2016, foi incluído na cesta de moedas dos Direitos Especiais de Saque (SDR) pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), ao lado do dólar, euro, libra esterlina e iene japonês, o que reflete a crescente influência da China.
Como uma das maiores economias do planeta, a China usa sua moeda no comércio internacional, com muitas transações sendo realizadas em yuan. Isso tem promovido o renminbi como uma alternativa ao dólar em transações globais.
Para investidores internacionais, o renminbi oferece tanto oportunidades quanto desafios. A abertura gradual do mercado financeiro chinês pode possibilitar o acesso a uma crescente variedade de ativos denominados em RMB, como ações, títulos e fundos. Contudo, as políticas de controle de capital do governo chinês podem criar obstáculos e riscos que exigem cautela.
Além disso, as flutuações no valor do renminbi, influenciadas pelas decisões políticas e econômicas do governo chinês, podem afetar significativamente os retornos dos investimentos. Portanto, é fundamental que os investidores compreendam o contexto político e econômico ao considerar ativos denominados em renminbi.
Renminbi: mais que a moeda da China
O renminbi vai além de ser apenas a moeda oficial da China; ele simboliza o crescimento econômico e a influência global do país. Com sua inclusão no SDR e seu papel crescente no comércio global, o renminbi se afirma como uma moeda de relevância mundial.
Para quem se interessa por economia global, comércio internacional ou investimentos, compreender as características do renminbi é essencial. Ao observar suas flutuações e as políticas que o afetam, é possível obter insights valiosos sobre a economia chinesa e, consequentemente, sobre a economia mundial.
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