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Petrobras estuda criação de novo fundo para dividendos extraordinários

Na última semana, a Petrobras propôs o pagamento de mais R$ 14,2 bilhões em dividendos

A Petrobras está considerando a criação de um novo fundo destinado a receber dividendos extraordinários para investimentos específicos. Essa proposta foi debatida durante uma reunião entre a diretoria da empresa, liderada por Jean Paul Prates, e Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, juntamente com Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, e Alexandre Silveira, Ministro de Minas e Energia.

Durante o encontro, que durou mais de três horas, Haddad explicou a Lula que o fundo atual, que recebe dividendos extraordinários no valor de R$ 43,9 bilhões, tem suas limitações, sendo destinado apenas a pagamentos futuros de dividendos, juros sobre capital próprio, recompra de ações e absorção de prejuízos, não podendo ser utilizado para investimentos ou redução de dívida.

Segundo fontes, a criação desse novo fundo seria uma evolução natural para a Petrobras. Prates teria discutido com Haddad a intenção de destinar metade dos dividendos extraordinários aos acionistas, sendo que 37% iriam para o governo. No entanto, os conselheiros representantes da União, indicados pelo Ministério de Minas e Energia e pela Casa Civil, ainda não haviam discutido esse assunto antes da reunião do colegiado.

De acordo com uma fonte que participou das discussões, essa falta de alinhamento prévio contribui para a tensão entre os membros do conselho. Durante a reunião, os representantes dos acionistas minoritários defendiam a distribuição de 100% dos dividendos extraordinários para os acionistas.

Um dos participantes da reunião em Brasília relatou que Lula parecia surpreso com a questão dos dividendos extraordinários se tornando um problema. Embora a Petrobras tenha anunciado o pagamento de dividendos ordinários de R$ 72,4 bilhões referentes a 2023, esse valor é menor do que os R$ 222,6 bilhões distribuídos em 2022.

Esperava-se que o nome de Rafael Dubeux, secretário-executivo adjunto da Fazenda, fosse encaminhado à Petrobras no dia da reunião para iniciar os processos de verificação de integridade e antecedentes, visando sua nomeação para o conselho. Os mandatos dos atuais conselheiros expiram em abril, quando está prevista uma nova assembleia de acionistas. Segundo as fontes, a indicação de Dubeux foi vista como uma vitória de Haddad e Prates, apesar das ressalvas de alguns conselheiros, que, segundo outra fonte, consideraram o novo nome como uma adição “de qualidade” ao colegiado.

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