Veja quais são os principais motivos apontados pela pesquisa.
No Brasil, um estudo da Endeavor revelou que 94,1% dos empreendedores de alto impacto enfrentaram pelo menos uma condição adversa de saúde mental. A ansiedade é a mais comum, afetando 85% dos empreendedores, seguida pelo burnout (37%), ataques de pânico (22%) e depressão (21%).
O estudo, intitulado “Saúde e performance de pessoas empreendedoras”, entrevistou 118 líderes de startups e scale-ups (empresas com base tecnológica que crescem rapidamente em termos de receita e empregos), conhecidos como empreendedores de alto impacto.
Entre os entrevistados, 56,8% consideram a rotina de trabalho estressante ou muito estressante, enquanto 43,2% a veem como moderada ou tranquila. Além disso, 64,4% trabalham mais de 50 horas por semana, e 35,6% têm uma carga de trabalho próxima a de um emprego formal, com 40 horas por semana.
É alarmante constatar que 94,1% dos empreendedores enfrentaram pelo menos um sintoma de doença mental relacionado ao trabalho empreendedor, com 77,1% sofrendo com pelo menos duas condições e 38,1% com pelo menos três. As condições adversas mais comuns incluem ansiedade (85%), burnout (37%), ataques de pânico (22%) e depressão (21%).
Entre os fatores que prejudicam a saúde e a performance dos empreendedores, destacam-se o desequilíbrio entre trabalho e vida pessoal, mencionado por 43,2% dos entrevistados. Além disso, o medo do fracasso afeta 29,7% dos empreendedores, enquanto a situação financeira da empresa preocupa 60,2% deles. A captação de recursos é um desafio para 35,6% dos entrevistados, e a situação econômica do mercado preocupa 20,3% dos empreendedores.
No que diz respeito à rotina, os empreendedores são afetados principalmente pela contratação e gestão de pessoas, mencionada por 29,7% dos entrevistados. Além disso, o relacionamento com fundadores e sócios é uma preocupação para 27,1% dos empreendedores, enquanto apenas 7,6% mencionam o relacionamento com os atuais investidores como um fator que afeta sua rotina.