Quais são os passaportes mais fortes em 2025?

O Brasil é o 18º passaporte mais poderoso do mundo em 2025, segundo o recém-divulgado ranking Henley Passport Index, baseado no número de destinos que seus portadores podem acessar sem visto prévio. O país caiu uma posição em relação a lista do ano passado, dando aos cidadãos brasileiros acesso sem visto a 171 países.

Ranking dos passaportes mais fortes do mundo em 2025.
Confira os passaportes mais fortes de 2025, liderados por Singapura, Japão e Finlândia, e saiba como o Brasil se posiciona no ranking  |Foto: Reprodução/Freepik

Em comparação, cidadãos de Singapura — que possuem o passaporte número 1 do ranking — desfrutam de acesso a 195 destinos sem visto, de um total de 227 destinos mundiais. O segundo passaporte mais poderoso do mundo é o do Japão, que permite acesso a 193 destinos sem a necessidade de visto.

Por que medir a força de um passaporte? A mobilidade global é uma medida importante de soft power para os cidadãos de uma nação ao viajarem para o exterior.

Os passaportes mais poderosos do mundo:


1. Singapura


Singapura liderou o ranking de passaportes mais fortes devido à sua estabilidade política e relações diplomáticas muito bem ocasionais. Os cidadãos de Singapura têm acesso a 193 destinos sem necessidade de visto, o que é possível graças à sua política externa estratégica e à sua economia forte.

A cidade-estado tem acordos bilaterais com muitos países, além de ser um importante centro financeiro e comercial, o que facilita a mobilidade de seus cidadãos para negócios e turismo em diversas partes do mundo.

2. Japão


A passaporte japonesa ocupa a 2ª posição com acesso a 193 destinos sem visto, empatando com Singapura. O Japão é uma potência económica e política global, que garante aos seus cidadãos a máxima mobilidade internacional.

Além disso, sua relação diplomática com diversos países ao redor do mundo é sólida e respeitada, facilitando o processo de visto autorizado para os seus cidadãos. Sua alta qualidade de vida e segurança também são indicadas para a confiança de que o mundo não tem país.

3. Finlândia


O passaporte finlandês oferece acesso a 192 destinos sem visto, colocando a Finlândia no 3º lugar do ranking. O país tem uma política externa eficiente, baseada na neutralidade e em relações diplomáticas fortes, especialmente com seus vizinhos europeus.

Além disso, a Finlândia é uma nação politicamente estável, com uma economia próspera e uma excelente comissão global, o que ajuda a garantir acordos de visto autorizados com uma grande quantidade de países.

4. França


O passaporte francês também oferece acesso a 192 destinos sem visto e ocupa a 3ª posição junto com a Finlândia. A França, como uma das maiores potências globais, tem uma influência específica tanto na Europa quanto no resto do mundo.

Como membro da União Europeia, a França tem acesso privilegiado a países dentro da zona Schengen e negocia acordos de autorização de visto com muitos outros países. Sua política externa e suas relações diplomáticas garantem que os cidadãos franceses possam viajar com facilidade para praticamente qualquer parte do mundo.

5. Alemanha


O passaporte alemão também permite acesso a 192 destinos sem visto, empatando com a França e a Finlândia. A Alemanha é uma das principais economias globais e tem uma enorme influência política dentro da União Europeia e internacionalmente.

Como líder em vários setores econômicos, como automóveis, tecnologia e inovação, a Alemanha mantém fortes relações diplomáticas com muitos países, facilitando o processo de autorização de visto para seus cidadãos. Além disso, sua estabilidade interna e confiança mundial são fatores que garantem aos alemães uma alta liberdade de viagem.

Esses cinco países compartilham características em comum, como estabilidade política, forte presença econômica global e relações diplomáticas bem possíveis. Isso permite ter passaportes poderosos, oferecendo aos seus cidadãos a possibilidade de viajar para uma grande quantidade de países sem a necessidade de visto, o que facilita tanto o turismo quanto as oportunidades de negócios em nível internacional.

Quais passaportes perderam força?

Nos últimos dez anos, 22 dos 199 passaportes ao redor do mundo caíram no ranking, com os Estados Unidos sendo um dos maiores perdedores, atrás apenas da Venezuela. Em 2014, os EUA estavam empatados com o Reino Unido na 1ª posição; no entanto, neste ano, caíram para o 9º lugar, principalmente devido à falta de reciprocidade, conforme os critérios de cálculo da Henley & Partners.

Embora os cidadãos dos Estados Unidos tenham acesso a 186 dos 227 destinos sem a necessidade de visto, o país permite que apenas 46 nacionalidades entrem sem visto, colocando os EUA em 84º lugar no Henley Openness Index, que classifica os países e territórios com base no número de nacionalidades que podem entrar sem visto prévio.

De acordo com alguns especialistas, a queda no poder do passaporte americano pode ser atribuída à postura “America First” adotada pelo país. Annie Pforzheimer, associada sênior do think tank de Washington, o Center for Strategic and International Studies, afirmou que, antes mesmo da possibilidade de um segundo mandato de Trump, as tendências políticas nos Estados Unidos já estavam focadas em uma abordagem mais interna e isolacionista.

Ela explicou que, se tarifas e deportações continuarem a ser as principais ferramentas de política, os EUA provavelmente continuarão a cair no índice de mobilidade, tanto de forma comparativa quanto absoluta. Pforzheimer também mencionou que essa tendência, juntamente com a maior abertura da China, pode resultar em um aumento do poder suave da Ásia no cenário global.

Por outro lado, a China viu um aumento na mobilidade de seus cidadãos na última década, subindo do 94º lugar em 2015 para o 60º em 2025 no índice da Henley. Sua pontuação de acesso sem visto aumentou em 40 destinos ao longo de 10 anos.

Em relação à abertura para outras nações, a China também subiu no Openness Index. Nos últimos 12 meses, o país concedeu acesso sem visto a 29 novos países, alcançando o 80º lugar no ranking, permitindo a entrada de um total de 58 nações no início deste ano.

Vanuatu, uma pequena nação no Pacífico composta por cerca de 80 ilhas, teve a terceira maior queda, perdendo seis posições, caindo do 48º para o 54º lugar em uma década.

O passaporte britânico, que esteve no topo do índice em 2015, agora ocupa a 5ª posição. O Canadá, que era o 4º no ranking, caiu para o 7º lugar nos últimos dez anos, completando a lista dos cinco maiores perdedores.

Passaportes com maior dificuldade de mobilidade

O Afeganistão ocupa a última posição no Henley Passport Index, com seus cidadãos tendo acesso sem visto a dois destinos no último ano. Isso amplia ainda mais a diferença de mobilidade entre o país e as nações como Singapura.

Em 2025, os cidadãos de Singapura terão acesso a 169 destinos a mais sem precisar de visto, em comparação com os portadores de passaportes afegãos, que precisam de visto para entrar em todos, exceto 26 destinos no mundo.

A Síria, o Iraque, o Iémen e o Paquistão completaram a lista de passaportes com menos acesso neste ano.

Ranking dos passaportes mais fortes em 2025

Aqui está o ranking completo dos passaportes mais poderosos do mundo, organizado de acordo com os dados fornecidos:

1º. Singapura: acesso a 195 países
2º. Japão: acesso a 193 países
3º. Finlândia, França, Alemanha, Itália, Coreia do Sul e Espanha (empate): acesso a 192 países
4º. Áustria, Dinamarca, Irlanda, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega e Suécia (empate): acesso a 191 países
5º. Bélgica, Nova Zelândia, Portugal, Suíça e Reino Unido (empate): acesso a 190 países
6º. Austrália e Grécia (empate): acesso a 189 países
7º. Canadá, Malta e Polônia (empate): acesso a 188 países
8º. República Tcheca (Czechia) e Hungria (empate): acesso a 187 países
9º. Estônia e Estados Unidos (empate): acesso a 186 países
10º. Letônia, Lituânia, Eslovênia e Emirados Árabes Unidos (empate): acesso a 185 países
11º. Croácia, Islândia e Eslováquia (empate): acesso a 184 países
12º. Malásia: acesso a 183 países
13º. Liechtenstein: acesso a 182 países
14º. Chipre: acesso a 179 países
15º. Bulgária, Mônaco e Romênia (empate): acesso a 178 países
16º. Chile: acesso a 176 países
17º. Argentina: acesso a 172 países
18º. Andorra, Brasil, Hong Kong (SAR China) e San Marino (empate): acesso a 171 países
19º. Israel: acesso a 170 países
20º. Brunei: acesso a 166 países

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