Real é a 2ª moeda que mais valorizou em janeiro; veja o ranking

O real se valorizou 5,6% em relação ao dólar em janeiro e fechou o mês a R$ 5,83, após começar o ano em torno de R$ 6,18. Esse aumento foi impulsionado pela queda do dólar por dez dias seguidos, pela crescente confiança no mercado e por mudanças nas políticas dos Estados Unidos. Como resultado, o real foi a segunda moeda mais valorizada do mundo, perdendo apenas para o rublo russo.

Esse desempenho contrasta com o de 2024, quando o real se desvalorizou e o dólar subiu 27%, devido à desconfiança gerada por um pacote fiscal do governo brasileiro e às incertezas sobre as políticas econômicas de Donald Trump.

Após assumir a presidência, Trump adotou uma postura mais calma, o que ajudou a reduzir as taxas comerciais.

Real brasileiro se destaca como uma das moedas mais valorizadas em janeiro.
O real se valorizou 5,6%, ficando atrás apenas do rublo russo no ranking global |Foto: Reprodução/Freepik

A valorização do real também é resultado do movimento “carry trade”, em que os investidores aproveitam a diferença de juros entre os países. Com a Selic alta no Brasil, o país voltou a atrair investimentos estrangeiros.

No entanto, os especialistas alertam que a incerteza global, com possíveis tensões entre os EUA e os países do BRICS, além dos desafios fiscais e políticos no Brasil, podem impactar o futuro da moeda brasileira.

Confira abaixo o ranking das moedas que mais valorizaram em janeiro de 2025:

1. Rublo russo (+6,8%)

O rublo russo registrou a maior valorização entre as principais moedas do mundo, impulsionado por uma combinação de fatores internos e externos. Internamente, o fortalecimento da economia russa, apoiado por políticas fiscais mais equilibradas e o aumento das exportações de energia, contribuiu para a estabilidade da moeda. Externamente, o contexto geopolítico e as relações comerciais com outras potências, como a China, também favoreceram o rublo, criando um ambiente mais positivo para os investidores.

2. Real brasileiro (+5,6%)

O real brasileiro teve um bom desempenho em janeiro, com uma valorização de 5,6%. Esse movimento reflete a recuperação da confiança no mercado financeiro e uma mudança no cenário político e econômico.

O real foi impulsionado, em parte, pela expectativa de ajustes na política monetária global, como as possíveis reduções nas taxas de juros dos EUA, o que atraiu investimentos para países com juros mais elevados, como o Brasil. Além disso, a postura mais moderada do governo dos EUA, especialmente nas políticas comerciais, contribuiu para um ambiente global mais estável, favorecendo o real.

3. Peso colombiano (+5,2%)

O peso colombiano também teve uma valorização significativa, acompanhando a tendência de recuperação das economias emergentes. O bom desempenho da moeda colombiana reflete a recuperação econômica da Colômbia, que viu uma estabilização política interna e uma recuperação das exportações de commodities, principalmente petróleo. Além disso, o fortalecimento da confiança no mercado global ajudou a moeda a se valorizar frente ao dólar.

4. Zloty polonês (+4,7%)

O zloty polonês se valorizou devido a um cenário econômico relativamente estável na Polônia, com uma taxa de crescimento sólida e um ambiente favorável para investimentos. A Polônia tem se destacado como uma das economias mais estáveis da região, o que atraiu capital estrangeiro. A confiança nas políticas econômicas do país, aliada a uma moeda mais forte, ajudou o zloty a alcançar essa valorização.

5. Won coreano (+4,5%)

O won coreano teve um bom desempenho, beneficiado pela robustez da política econômica interna da Coreia do Sul. O país tem mostrado uma recuperação sólida após períodos de desaceleração econômica, e as expectativas de crescimento ajudaram a fortalecer a moeda. Além disso, a Coreia do Sul tem se destacado por suas inovações tecnológicas e um setor exportador competitivo, o que ajudou a sustentar a confiança na moeda.

6. Shekel israelense (+4,3%)

O shekel israelense se valorizou em janeiro, impulsionado pela força da economia de Israel. O país tem se beneficiado de um setor tecnológico avançado, além de políticas monetárias eficazes que garantem a estabilidade da moeda. A confiança nas políticas econômicas e monetárias do governo israelense também foi um fator importante para o desempenho positivo da moeda.

7. Baht tailandês (+4,1%)

O baht tailandês teve uma valorização de 4,1%, refletindo a recuperação econômica do país e a estabilização política. A Tailândia viu um aumento no turismo e nas exportações, fatores que ajudaram a impulsionar a moeda. A estabilidade política também contribuiu para a confiança no país, tornando o baht mais atraente para os investidores.

8. Peso chileno (+4,0%)

O peso chileno se valorizou, seguindo a recuperação global das commodities, especialmente cobre, que é um dos principais produtos de exportação do Chile. Além disso, a estabilização política no país ajudou a fortalecer a confiança no mercado, criando um ambiente mais favorável para o crescimento econômico e a valorização da moeda.

9. Iene japonês (+3,9%)

O iene japonês se valorizou devido a políticas econômicas focadas em estímulos financeiros e monetários. O Banco do Japão tem adotado medidas para estimular a economia, e isso tem impactado positivamente a moeda. O iene também se beneficia de ser uma moeda considerada “refúgio seguro” em tempos de incerteza global, o que reforçou sua valorização no mercado.

10. Forint húngaro (+3,8%)

O forint húngaro teve uma valorização impulsionada pelo crescimento econômico estável da Hungria, além da confiança renovada na economia da União Europeia. A estabilidade política e a atração de investimentos estrangeiros ajudaram a fortalecer a moeda. O ambiente econômico da União Europeia, em que a Hungria está inserida, também tem ajudado a reforçar a confiança na moeda local.

11. Libra Esterlina (+3,7%)

Dados econômicos favoráveis no Reino Unido, como um crescimento do PIB acima do esperado e a redução das taxas de desemprego, podem ter aumentado a confiança dos investidores na economia britânica. Além disso, especulações sobre possíveis aumentos nas taxas de juros pelo Banco da Inglaterra tornaram a libra mais atrativa, atraindo fluxos de capital e contribuindo para sua valorização.

12. Rand Sul-Africano (+3,6%)

A valorização do rand sul-africano pode ser explicada, em parte, pela alta nos preços das commodities, especialmente ouro e platina, das quais a África do Sul é um grande exportador. Com a valorização desses produtos no mercado internacional, a demanda pelo rand aumentou. Além disso, o crescimento do apetite por risco entre investidores globais impulsionou a entrada de capital em mercados emergentes, beneficiando ainda mais a moeda sul-africana.

Leia também: Conheça as 10 moedas mais fortes do mundo em 2025

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