Enquanto o interesse global pelo vinho diminui, o Brasil vê um salto no consumo por pessoa, com os jovens abrindo novos horizontes para os produtores nacionais.
O consumo de vinho no Brasil tem crescido consideravelmente desde 2019, especialmente com a preferência por vinhos maturados, muitas vezes escolhidos para ocasiões especiais, e por consumidores de diversas faixas etárias.
Destaca-se que o público jovem, sempre em busca de novas experiências gastronômicas, tem desempenhado um papel importante nesse aumento. Isso se reflete no aumento da média de consumo per capita de 1,8 litros em 2019 para 2,7 litros em 2022. Esse crescimento aponta para uma tendência significativa e abre novas oportunidades para os produtores nacionais.
Queda no consumo mundial
Em contrapartida, análises conduzidas pela consultoria IWSR indicam uma tendência de queda no consumo global de vinho, prevendo uma diminuição anual em vários países até o ano de 2026.
Um exemplo disso é a situação na França, onde o governo investiu 200 milhões de euros para adquirir e destruir parte da produção de vinhos do ano anterior. Essa medida teve como objetivo auxiliar os produtores a enfrentarem uma das maiores crises já enfrentadas pelo setor.
Em 2023, apesar do aumento de 4% na produção de vinho na França, o consumo caiu 15%, de acordo com dados governamentais, resultando em um excesso de estoque e queda nos preços. Especialistas apontam que não há uma única razão para esse cenário, mas uma das principais causas é a mudança de comportamento, especialmente entre as novas gerações, que tendem a consumir menos álcool.
Globalmente, a expectativa é que o consumo de vinho diminua 1% ao ano até 2026, conforme aponta a consultoria IWSR, especializada no mercado de bebidas. No entanto, no Brasil, a situação é diferente, com o consumo médio per capita aumentando de 1,8 litro em 2019 para 2,7 litros em 2022, e permanecendo nesse patamar.