Ao todo, foram identificados 43 trabalhadores em situação de trabalho escravo no serviço doméstico.
O Ministério do Trabalho incluiu 248 empregadores (pessoas físicas e jurídicas) na “lista suja” por submeterem seus funcionários ao trabalho análogo à escravidão.
Essa foi a maior quantidade de inclusões desde que o cadastro foi criado há 21 anos, conforme relatado pela pasta. A nova lista, que é atualizada semestralmente, foi divulgada na semana passada.
Dos casos registrados, 43 trabalhadores foram identificados em situação de trabalho escravo no serviço doméstico. Além disso, houve 27 autuações na atividade de cultivo de café, 22 na criação de bovinos, 16 na produção de carvão e 12 na construção civil.
O aumento no número de casos foi impulsionado pelo crescimento das ações e resgates. O aumento das denúncias, especialmente com informações mais precisas, é um dos principais fatores que contribuem para a efetividade dos resgates.
Após serem incluídos na lista, os nomes dos empregadores permanecem no cadastro por dois anos. Segundo o ministério, 50 nomes foram removidos da lista após completarem esse período. No total, há 654 empregadores listados.
Os empregadores incluídos na lista são impedidos de obter crédito em bancos públicos, além de enfrentarem outras penalidades. Por outro lado, os trabalhadores resgatados têm seus direitos trabalhistas garantidos.
As operações de combate ao trabalho escravo são conduzidas por uma força-tarefa composta por auditores do Ministério do Trabalho, membros da Defensoria Pública da União, Ministério Público, Polícia Federal e Polícia Rodoviária.