Pesquisa sobre o preço médio dos restaurantes foi feita em parceria entre o Procon-SP e Dieese
Uma pesquisa realizada pelo Procon-SP em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), publicada nesta segunda-feira, 5 de agosto, aponta que os preços médios das refeições nos restaurantes self-service aumentaram 2,22% entre os meses de fevereiro e junho, com o quilo subindo de R$ 80,22 para R$ 82,22.
No comparativo com junho do ano passado, a alta foi de 3,99% e desde o início da série histórica do levantamento, em 2020, comer fora de casa ficou 43,5% mais caro. O quilo na época custava R$ 57,30.
Preços dos restaurantes acima do IPCA
De acordo com o Procon-SP, no acumulado de 2020 até junho, a variação nos preços ficou acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), uma variação de 31,03%.
Em relação a fevereiro de 2023, quando começou a comparação dos preços médios das refeições no sistema de prato feito (PF, ou prato do dia), até junho de 2024, o aumento registrado foi de 12,31%. O preço médio era de R$ 27,33 e agora está em R$ 30,70, duas vezes mais a variação acumulada do INPC, que foi de 6% no período.
Direitos do consumidor
O Procon alerta que os restaurantes não podem impor o pagamento das gorjetas aos garçons do estabelecimento, cobrar pelo desperdício e também devem informar o custo do equivalente a 100 gramas.
Bares e restaurantes registram alta no movimento em maio
Em maio deste ano, o setor de bares e restaurantes registrou um aumento de 3,4% no volume de vendas em comparação a abril, conforme dados divulgados pelo Índice de Atividade Econômica Abrasel-Stone.
A variação positiva é atribuída principalmente ao Dia das Mães, que impulsionou as vendas em muitos estabelecimentos. Na comparação com 2023, este mês foi o primeiro a apresentar alta no volume de vendas, de 0,2%, indicando uma leve recuperação dos negócios em 2024.
De acordo com os dados, na comparação entre abril e maio, os estados que mais se destacaram foram Maranhão (6,7%), Roraima (5,3%) e Ceará (4,7%), refletindo um cenário de recuperação econômica.
O Rio de Janeiro registrou um aumento de 2,9% em relação ao mês anterior e, pela primeira vez no ano, conseguiu igualar os resultados de 2023. Já São Paulo registrou um aumento de 3% em maio.
Entre os 26 estados e o Distrito Federal, apenas dois registraram queda: a Bahia (-0,2%) e o Rio Grande do Sul (-5,4%), que enfrenta uma situação crítica em decorrência das enchentes que atingiram o estado.
Após um declínio significativo de 6,9% em abril, os resultados de maio mostraram que os estabelecimentos gaúchos já sofrem impactos comparáveis aos observados durante a pandemia da Covid-19.