Confira a agenda econômica desta sexta-feira (06)

A agenda do dia chama a atenção pela divulgação do payroll estadunidense e pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de agosto

A agenda econômica desta sexta-feira, 6 de setembro, traz diversos eventos importantes para o mercado financeiro. Entre eles, está a divulgação do relatório do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que vai definir as expectativas do mercado em relação aos cortes de juros do Federal Reserve (Fed, o Banco Central do país) no próximo dia 18 e até dezembro.

agenda econômica
Veja os principais momentos economicos do dia a agenda de hoje – Foto: Reprodução/Canva

No Brasil, a agenda de hoje do mercado acompanha o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de agosto, aguardado com expectativa após a desaceleração do IPCA-15 no mês passado.

Ainda hoje, o Banco Central brasileiro (BC) inicia a rolagem dos contratos de swap cambial, medida que busca proteger o mercado de câmbio brasileiro. Esses contratos têm vencimento no dia 1º de novembro deste ano (302.008 contratos, equivalentes a US$ 15,1 bilhões). O leilão desta sexta-feira oferece até 12.000 contratos, no valor de US$ 600 milhões.

Além disso, na agenda do presidente do BC, Roberto Campos Neto, viaja para a Basileia, na Suíça, para participar do encontro anual promovido pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), que ocorrerá entre os dias 7 e 9 de setembro. Ele será substituído pelo economista Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Lula para sucedê-lo em 2025.

Confira os principais eventos da agenda de hoje

Payroll e Juros americanos

Os investidores internacionais ainda estão incertos sobre a intensidade do corte de juros do Fed, após os relatórios de emprego Jolts e ADP ficarem abaixo das previsões, contrapondo-se a índices sólidos do setor de serviços.

Para o payroll, a projeção do mercado é a criação de 165 mil vagas em agosto, na mediana das estimativas, que variam de 125 mil a 205 mil. Além disso, a expectativa de corte de 25 pontos-base supera a de 50 pontos-base nas apostas do mercado.

Entretanto, em caso de decepção com o payroll, a tendência é que o preço do mercado mude em favor de uma redução mais agressiva, para evitar uma desaceleração brusca da economia.

Bolsas internacionais

A aversão ao risco diante da divulgação do payroll fez o índice VIX (também conhecido como o “termômetro do medo”) de Wall Street disparar novamente nesta sexta-feira, 6 de setembro. O temor do mercado é que o relatório estadunidense possa trazer sinais de piora da economia.

Na expectativa pelos dados do mercado de trabalho dos EUA e pelos discursos dos dirigentes do Fed ao longo da manhã, os rendimentos dos Treasuries (os títulos da dívida dos Estados Unidos) e o dólar também recuam.

As bolsas europeias também caem em bloco, em meio ao impacto dos dados e sinais de política monetária nos EUA, depois de indicadores apontarem uma atividade econômica decepcionante na região.

Commodities

O petróleo mostra instabilidade em um cenário de incertezas relacionadas à oferta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e preocupações com a demanda global.

Outra commodity importante, o minério de ferro, teve uma queda de 0,07% em Dalian, após atingir a cotação mais baixa dos últimos dois anos em Cingapura, na última quinta-feira, 5 de setembro (perto de US$ 90 a tonelada), devido a preocupações com a demanda da China.

Mercado brasileiro

Os ativos financeiros podem ser impactados pela tensão externa, e o desempenho fraco das commodities também deve influenciar nos eventos da agenda de hoje. O Ibovespa pode “se curvar” às perdas em Nova York, após um leve ganho de 0,29%, aos 136.502,49 pontos no último pregão, acumulando um avanço de 0,37% na semana e de 1,73% no ano.

Outro fator que gera expectativa no mercado é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que será publicado na próxima quarta-feira, 10 de setembro, após a desaceleração do IPCA-15 a 0,19% em agosto, com a taxa acumulada em 12 meses na casa dos 4,35%, bem perto do teto da meta de inflação deste ano, que é de 4,5%.

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