Preços dos combustíveis se mantêm estáveis na primeira quinzena de outubro

Os preços dos combustíveis no Brasil apresentaram pouca variação durante a primeira quinzena de outubro de 2024, de acordo com o Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O estudo apontou que gasolina, etanol e diesel mostraram variações mínimas, sinalizando uma estabilidade no mercado, mesmo com algumas diferenças entre as capitais brasileiras.

A leve alta da gasolina e do diesel

A gasolina comum foi cotada a R$ 6,19 por litro na segunda semana de outubro, o que representou um aumento marginal de 0,4% (R$ 0,02) em comparação ao valor de R$ 6,17 registrado na última semana de setembro. Esse leve aumento indica que, apesar das oscilações no mercado de combustíveis, o preço da gasolina tem mantido certa estabilidade.

Além da gasolina, o diesel S-10 também apresentou um pequeno aumento no período. O combustível foi cotado a R$ 6,12 por litro na segunda semana de outubro, o que representou uma alta de 0,4% ou mais R$ 0,03 em relação ao preço da última semana de setembro. Essa elevação pode estar atrelada a fatores externos, como variações no mercado internacional e na logística de distribuição interna.

No panorama geral, as capitais brasileiras também seguiram essa tendência de variações pontuais. Em média, o preço da gasolina subiu de R$ 6,18 na última semana de setembro para R$ 6,20 na segunda semana de outubro, representando uma variação de 0,4% (R$ 0,02). Já o diesel S-10, que foi cotado a R$ 6,15 por litro no final de setembro, teve um acréscimo de R$ 0,03, ou 0,5%, na primeira quinzena de outubro.

Estabilidade no preço do etanol

Gasolina mais cara no Brasil. Foto: Reprodução/Canva

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Os preços dos combustíveis no Brasil mostraram uma estabilidade significativa na primeira quinzena de outubro de 2024 | Foto: Reprodução/Canva

Enquanto gasolina e diesel tiveram pequenas altas, o etanol hidratado se manteve praticamente estável, com uma leve queda de R$ 0,01, passando de R$ 4,21 para R$ 4,20, o que representa uma variação negativa de apenas 0,2%. Esse comportamento de estabilidade no preço do etanol reforça a ideia de que esse combustível continua sendo uma alternativa viável para os motoristas que buscam opções de menor custo.

Leia também: Gasolina: por que o preço oscila tanto no Brasil?

Apesar disso, algumas regiões mostraram maior volatilidade nos preços do etanol, como no caso de Belém, no Pará, onde o preço do etanol subiu 15,2%, impulsionado por questões regionais, como oferta e demanda locais. Em contraste, Recife, Pernambuco, viu uma queda acentuada de 4,5% no preço do etanol, o que pode refletir políticas regionais de tributação e distribuição.

Variações regionais e capitais com maiores oscilações

As capitais brasileiras apresentaram variações pontuais no preço dos combustíveis durante a primeira quinzena de outubro. Florianópolis, em Santa Catarina, destacou-se com o maior aumento no preço da gasolina, registrando uma alta de 7,8%. Essa elevação pode estar relacionada a fatores sazonais, como o aumento na demanda com a proximidade da alta temporada de turismo, além de questões de logística.

Por outro lado, Recife, em Pernambuco, registrou a maior queda no preço da gasolina, com uma redução de 2,2%. Essa queda pode ser explicada por ajustes no mercado local ou incentivos regionais que impactaram positivamente o preço do combustível para os consumidores da capital pernambucana.

No caso do diesel, Natal, no Rio Grande do Norte, apresentou o maior aumento, com alta de 1,9%. Esse incremento reflete as dificuldades logísticas e o aumento nos custos de distribuição, que são comuns em regiões mais afastadas dos principais centros de refino e produção de combustíveis.

Belém, no Pará, registrou a maior queda no preço do diesel, com uma redução de 2,1%. Esse comportamento pode estar relacionado à eficiência logística e a uma maior oferta de combustível na região, fatores que ajudaram a reduzir o preço final para os consumidores.

Fatores que influenciam a estabilidade dos combustíveis

A estabilidade dos preços dos combustíveis no Brasil tem sido influenciada por uma série de fatores, incluindo o mercado internacional de petróleo, o câmbio e as políticas internas de regulação de preços. A Petrobras, como principal fornecedora de combustíveis no país, adota uma política de preços que busca alinhar os valores praticados internamente com as cotações do mercado internacional.

Adicionalmente, a menor volatilidade no preço do barril de petróleo tem contribuído para a manutenção de preços mais estáveis no mercado brasileiro. No entanto, fatores como a variação cambial e os custos logísticos internos continuam a desempenhar um papel importante na formação dos preços de combustíveis no país.

A expectativa para o restante de outubro é de que os preços dos combustíveis se mantenham em patamares similares, a menos que haja algum evento externo significativo, como variações abruptas no mercado de petróleo ou mudanças nas políticas de regulação de preços.

Os preços dos combustíveis no Brasil mostraram uma estabilidade significativa na primeira quinzena de outubro de 2024, com variações marginais em gasolina, diesel e etanol. As diferenças regionais continuam a existir, com algumas capitais apresentando oscilações mais acentuadas nos preços, mas, geralmente, os valores se mantêm controlados. Fatores como a política de preços da Petrobras e a dinâmica do mercado internacional têm contribuído para essa estabilidade, que é vista como positiva para os consumidores.

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