Turismo de bem-estar cresce e movimenta US$ 651 bilhões anuais

O turismo de bem-estar movimenta US$ 651 bilhões ao ano e cresce mais de 8,5% até 2027

Nunca se viu uma necessidade tão grande dos viajantes em encontrar opções turísticas que privilegiem a prática do bem-estar físico, mental e espiritual. E esse novo comportamento vem reforçando cada vez a relevância do wellness tourism (turismo de bem-estar, em português) que no mundo movimenta em média US$ 651 bilhões ao ano e traz consigo perspectivas de crescer anualmente acima dos 8,5%, até 2027, conforme projeções do Global Wellness Institute

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Viagens de turismo de bem-estar crescem ao redor do mundo -Foto: Reprodução/Canva

Pós-pandemia, novos modelos de trabalho e a correria do dia a dia estão levando o cidadão a buscar refúgios para relaxar e a hotelaria se apresenta como uma opção atraente para turismo, principalmente quando reúne em um só lugar estruturas para promover esse bem-estar almejado. 

Nessa esteira, ganham destaque opções luxuosas e de alto padrão, all-inclusive, que oferecem serviços como spa, academia, práticas alternativas, alimentação saudável, tecnologia wellness, entre outras soluções.

Principais destinos do turismo de bem-estar

Quando colocamos a lupa sobre a América Latina e o Caribe, a economia do bem-estar tem extrema importante para os destinos, movimentando cifras muito relevantes. E diante desse cenário, os grandes players da hospitalidade e investidores já começaram a se movimentar com velocidade para aproveitar  essa “onda” buscando destinos e projetos que atendam o novo comportamento do viajante.

Os resorts ganham destaque nessa busca, uma vez que são empreendimentos que possibilitam que o hóspede encontre tudo em um único lugar, privilegiam o contato com a natureza, investem em alimentações diferenciadas e oferecem uma infraestrutura com opções para o hóspede se desconectar da correria da vida cotidiana. Ganham ainda mais relevância quando estão perto de grandes centros.

Isso porque o tempo de deslocamento também entra nos critérios de decisão da próxima viagem. Ou seja, uma viagem de duas horas de carro é a possibilidade de dar uma escapada aos fins de semana para curtir um novo ambiente e ter uma nova experiência. Viagens mais longas requerem mais planejamento.

Expansão do setor 

As grandes redes de turismo vêm anunciando sólidas expansões em toda a região da América Latina e Caribe. O balanço do segundo trimestre de 2024 registou 612 projetos hoteleiros em construção na região, o que representa um total de 97.597 quartos e um aumento de 11% em projetos e 10% em quartos na comparação com o ano passado. A pesquisa é realizada pela Lodging Econometrics (LE).

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Setor passa por um momento de expansão – Foto: Reprodução/Canva

A Best Western Hotels, por exemplo, planeja 17 mil novos quartos no Brasil, três mil no Peru e outros 29 mil no México, além de inaugurações no Equador, El Salvador e Guiana.

A rede Hyatt pretende abrir 30 novos projetos até 2027, em Curaçao, República Dominicana, Aruba, entre outros países. Wyndham Hotels & Resorts adicionou recentemente 50 novos resorts na América Latina e está planejando mais.

A Accor anunciou recentemente a meta de atingir 600 hotéis nas Américas até 2027. Hoje conta com cerca de 500, sendo pouco mais de 330 no Brasil. Os planos cobrem o México e o Caribe, com resorts e outros novos empreendimentos na Argentina, Peru, Chile e Colômbia.

A Marriott International, após um forte 2023 com 57 transações na região, espera continuar crescendo em 2024, com expansão planejada nos segmentos econômico e de médio porte, visando cidades secundárias e terciárias.

Os novos empreendimentos ganham contornos diferenciados, com mais tecnologia à disposição do hóspede, compromissos com práticas sustentáveis, além de experiências que possibilitem comodidade junto ao conforto. Esse novo traço tem influência de alguns fatores: o aumento de doenças mentais, como depressão e ansiedade, elevação da renda disponível, crescente adoção de serviços de viagens on-line, influência das mídias sociais e o aumento investimento do governo para atrair turismo.

Fonte: Arturo García Rosa 

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