Filme “Vitória”: impacto econômico e legado de Fernanda Montenegro

O aguardado filme “Vitória”, protagonizado por Fernanda Montenegro, estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 13 de março. A produção, baseada em um caso real, levou quase duas décadas para ser concretizada, refletindo os desafios do cinema nacional.

Além da importância cultural e social da obra, há um aspecto pouco discutido: o impacto econômico do cinema no Brasil e o papel de Fernanda Montenegro na indústria audiovisual.

O impacto do cinema na economia

O cinema não é apenas entretenimento; é uma indústria bilionária que gera empregos diretos e indiretos. Segundo a Agência Nacional do Cinema (Ancine), o setor movimenta bilhões anualmente, impulsionando desde a produção até a distribuição e exibição de filmes. Uma produção como “Vitória” envolve atores, roteiristas, técnicos, figurinistas, editores e muitos outros profissionais, aquecendo o mercado audiovisual.

Além disso, o sucesso de um filme pode impactar setores como turismo e comércio local. Cidades que servem de cenário para grandes produções frequentemente registram aumento na visitação, como ocorreu com “Cidade de Deus” (2002) e “Tropa de Elite” (2007).

No caso de “Vitória”, que retrata o Rio de Janeiro de forma crua e realista, o impacto pode ser sentido na valorização da cultura local e na exportação da imagem do Brasil para o exterior.

Fernanda Montenegro e sua contribuição para o setor

Fernanda Montenegro, aos 95 anos, continua sendo uma das figuras mais influentes do cinema e do teatro brasileiro. Sua trajetória inclui obras que não apenas marcaram gerações, mas também movimentaram a economia do setor.

Um dos maiores exemplos é “Central do Brasil” (1998), que levou o Brasil ao Oscar e rendeu milhões em bilheteria, além de fortalecer a imagem do cinema nacional no exterior.

Fernanda Montenegro estrela "Vitória" | Foto: Reprodução/ Sony Pictures Brasil
Fernanda Montenegro é a estrela de “Vitória” | Foto: Reprodução/ Sony Pictures Brasil

Filmes estrelados por grandes nomes como Fernanda geram interesse do público e atraem investimentos. O prestígio da atriz aumenta a visibilidade de produções nacionais, facilitando captações financeiras e incentivando novos talentos. No caso de “Vitória”, sua presença no elenco agrega valor artístico e comercial ao filme, ampliando seu potencial de retorno financeiro.

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Quanto custa produzir um filme como “Vitória”?

O custo de uma produção cinematográfica varia conforme seu tamanho, elenco e tecnologia envolvida. No Brasil, filmes de grande porte podem custar entre R$ 5 milhões e R$ 15 milhões, enquanto blockbusters internacionais ultrapassam os R$ 500 milhões.

“Vitória” exigiu um alto investimento devido à sua complexidade. A necessidade de recriar cenários realistas, utilizar técnicas de fotografia sofisticadas e manter um elenco de peso aumentou os custos de produção.

Além disso, a longa espera para que o filme saísse do papel demandou mais investimentos em direitos autorais, pesquisas e roteirização.

Parte desse financiamento vem de incentivos públicos, como a Lei do Audiovisual, e de parcerias com distribuidoras. No entanto, o retorno de um filme não se dá apenas na bilheteria. Streaming, direitos de exibição e vendas internacionais são fontes cruciais para recuperar o investimento.

“Vitória” pode ser um marco para o cinema nacional

Além da narrativa forte e da atuação impecável de Fernanda Montenegro, “Vitória” tem potencial para ser um marco econômico para o cinema brasileiro. Se bem-sucedido, o longa pode atrair novos investimentos para a indústria, consolidando a importância do setor no país.

O filme também reforça a relevância de produções nacionais que abordam temas sociais e históricos, fortalecendo a identidade cultural do Brasil. Assim, “Vitória” não é apenas um filme, mas um símbolo do impacto econômico e cultural do cinema nacional.

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