Aeroporto Santos Dumont pode ser fechado durante a Cúpula do G20

O Aeroporto Santos Dumont, um dos principais terminais aéreos do Rio de Janeiro, poderá ser fechado para voos comerciais durante a Cúpula do G20, que ocorrerá nos dias 18 e 19 de novembro. O pedido foi feito pelo Ministério das Relações Exteriores ao Palácio do Planalto, com o objetivo de reforçar a segurança dos líderes internacionais que estarão presentes no evento. Segundo o Ministério da Defesa, o Santos Dumont está localizado dentro da chamada “área vermelha”, o perímetro de segurança mais restrito dos três anéis de proteção preparados para o evento.

Ao receber líderes das maiores economias do mundo, o Rio tem a chance de demonstrar seu potencial como destino de negócios e cultura, reforçando sua posição de destaque na América do Sul | Foto: Reprodução/Canva g20

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Ao receber líderes das maiores economias do mundo, o Rio tem a chance de demonstrar seu potencial como destino de negócios e cultura, reforçando sua posição de destaque na América do Sul | Foto: Reprodução/Canva

A Cúpula do G20, que reúne líderes das 20 maiores economias do mundo, será realizada no Museu de Arte Moderna (MAM), localizado a poucos metros do aeroporto. Para garantir a segurança dos chefes de Estado, a operação do Santos Dumont poderá ser limitada exclusivamente a aeronaves oficiais e dignitários estrangeiros. A segurança aérea será reforçada, e qualquer aeronave que entrar na área vermelha sem autorização será considerada hostil e estará sujeita a receber medidas de interceptação.

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A segurança na Cúpula do G20

A realização de eventos de grande porte como a Cúpula do G20 exige um esquema de segurança bastante robusto. Com a presença de mais de 50 autoridades estrangeiras, entre presidentes, primeiros-ministros e diretores de organizações internacionais, a segurança é uma prioridade máxima. O fechamento do Santos Dumont faz parte das medidas para garantir a proteção dessas figuras importantes, que participarão de diversas reuniões no MAM.

Os anéis de segurança estabelecidos pelo Ministério da Defesa dividem o espaço aéreo em três áreas: verde, amarela e vermelha. A área vermelha, onde o Santos Dumont está localizado, é a mais restrita e inclui regiões nas quais o policiamento e controle aéreo serão intensificados. O controle rigoroso do tráfego aéreo nessa região visa minimizar qualquer risco de segurança durante o evento.

As aeronaves comerciais que originalmente operariam no Santos Dumont durante os dias da cúpula deverão ser redirecionadas para o Aeroporto Internacional do Galeão, localizado a cerca de 20 quilômetros de distância.

Apesar de o Galeão ser menos central, ele oferece uma infraestrutura mais ampla e será capaz de absorver o fluxo adicional de voos durante o fechamento temporário do Santos Dumont.

Impactos para os passageiros que desembarcariam no Aeroporto Santos Dummont

O possível fechamento do Santos Dumont trará implicações para os passageiros que tinham voos agendados para os dias 18 e 19 de novembro. Com a mudança dos voos para o Aeroporto do Galeão, será necessário um planejamento adicional para quem viaja nesses dias. O Santos Dumont é conhecido pela sua proximidade com o centro do Rio de Janeiro, além de ser aeroporto preferido para voos de curta distância e para passageiros que necessitam de acesso rápido à cidade.

Em contraste, o Galeão, embora mais distante, oferece uma infraestrutura mais robusta e está equipado para lidar com grandes volumes de passageiros e aeronaves. As companhias aéreas, por sua vez, deverão informar com antecedência os passageiros afetados pela mudança, fornecendo detalhes sobre as alterações de horários e locais de embarque e desembarque.

Além disso, o redirecionamento dos voos pode gerar desafios logísticos tanto para as companhias aéreas quanto para os passageiros, que terão que se deslocar até o Galeão. O acesso ao aeroporto é facilitado por rodovias como a Linha Vermelha e a Linha Amarela, mas o tráfego pode se intensificar nos dias da cúpula, especialmente devido às possíveis interdições nas áreas próximas ao evento. Para amenizar os transtornos, é recomendável que os passageiros planejem suas viagens com antecedência e estejam atentos às mudanças.

Benefícios da mudança para a segurança

O argumento do Itamaraty para o fechamento temporário do Santos Dumont está diretamente ligado à segurança dos líderes internacionais. A proximidade entre o aeroporto e o local da cúpula, o Museu de Arte Moderna, torna o Santos Dumont uma área sensível. Ao restringir os voos comerciais, as autoridades brasileiras conseguem controlar melhor o espaço aéreo e garantir que apenas aeronaves autorizadas transitem na região.

Eventos como o G20 costumam atrair a atenção global, e qualquer falha de segurança pode ter consequências diplomáticas e políticas significativas. Portanto, a decisão de fechar potencialmente o Santos Dumont é vista como uma medida preventiva que busca minimizar riscos e garantir que a cúpula ocorra de forma tranquila.

A defesa do espaço aéreo será feita por meio de um esquema de segurança que envolve não apenas as Forças Armadas brasileiras, mas também cooperações internacionais, visando monitorar e responder rapidamente a qualquer ameaça.

Precedentes e expectativas

Esta não é a primeira vez que um evento de grande porte no Brasil exige o fechamento de um aeroporto. Durante a Rio+20, em 2012, e os Jogos Olímpicos de 2016, medidas semelhantes foram adotadas para garantir a segurança dos líderes e atletas presentes no país. Essas ações mostram que o Brasil possui experiência em organizar e gerenciar eventos de relevância mundial, e a expectativa é que a Cúpula do G20 siga essa mesma linha de sucesso.

A reunião do G20, além de trazer importantes debates sobre a economia global, será uma oportunidade para o Rio de Janeiro mostrar sua capacidade de sediar eventos de alta complexidade, o que pode consolidar ainda mais a imagem da cidade como um destino relevante para o turismo de negócios e conferências internacionais.

O fechamento temporário do Aeroporto Santos Dumont durante a Cúpula do G20 é uma medida preventiva que visa garantir a segurança das mais de 50 autoridades que estarão no Rio de Janeiro para o evento.

Embora traga inconvenientes para os passageiros que terão seus voos redirecionados para o Galeão, a ação é necessária para assegurar que a cúpula ocorra sem incidentes. A cidade se prepara para mais um evento de destaque internacional, reforçando sua posição como um local capaz de sediar grandes encontros globais.

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