Da crise à solução: explorando novos caminhos para um futuro mais sustentável

Um querido amigo, super engajado na pauta socioambiental e sustentável, está surtando. E, pior, levando sua mulher à loucura também. Ele já começa o dia lendo as notícias gerais, que só trazem o pior do mundo. A partir daí, antes mesmo de se levantar da cama, é só revolta.

É verdade que estamos vivendo tempos de urgência climática, de desarticulação e polarização política, de desigualdade social e de outros vários desafios estruturais que já existiam, mas que ganharam ainda mais força nesta transição de Era.

Mas, é verdade também que, neste mesmo instante, existe um mundo de soluções sendo criadas nos desafios sociais e ambientais, não só do ponto de vista da disrupção tecnológica, mas também de modelos de mundo no qual a economia ganha novos conceitos com foco no impacto positivo.

E aí entra o que muita gente chama de “outra economia” – modelos econômicos que não só buscam crescer e gerar lucro, mas também equilibrar isso com justiça social, preservação ambiental e qualidade de vida. Parece utopia? Talvez, mas muitas dessas ideias estão ganhando força e mostrando que é possível fazer diferente.

Afinal, quais são as “outras economias”?

Economia Solidária, por exemplo, valoriza a cooperação e a justiça. Empresas e cooperativas nesse modelo trabalham em conjunto, e o foco é dividir os frutos de forma justa entre todos, não só engordar a conta de alguns.

E falando em dividir, a Economia Circular é sobre reaproveitar tudo o que a gente pode. É um “menos desperdício, mais reciclagem” que ajuda o planeta e ainda cria oportunidades novas.

Agora, imagina uma economia que mede o sucesso pelo quanto as pessoas estão bem? A Economia do Bem-Estar faz exatamente isso, incluindo felicidade, saúde e educação nas contas, além do famoso PIB.

Solução sustentável é a saída para ampliar outro tipo de economia
Existem soluções pensadas nos desafios sociais e ambientais, com modelos de mundo no qual a economia ganha novos conceitos com foco no impacto positivo | Foto: Reprodução/Canva

E pra quem acha que cuidar de pessoas não tem valor econômico, vem a Economia do Cuidado lembrar que o trabalho de cuidar de outros e do meio ambiente é a base de tudo – e precisa ser reconhecido e apoiado.

A Economia Regenerativa vai além da sustentabilidade. Não basta só não destruir, precisamos regenerar, reconstruir o que já foi danificado, tanto na natureza quanto nas relações sociais.

E se você acha que dá pra ganhar dinheiro e ainda fazer o bem, a Economia de Impacto é a sua praia: o objetivo é resolver problemas sociais e ambientais, ao mesmo tempo, em que se gera lucro.

Claro, algumas correntes vão na contramão do crescimento a qualquer custo, como o Decrescimento, que propõe a redução do consumo e uma vida mais simples. Já o Capitalismo Consciente e a Economia Donut tentam balancear as coisas: o lucro é importante, mas não pode ser o único objetivo. Negócios e governos precisam se alinhar com limites ambientais e sociais.

Esses conceitos trazem novas perspectivas para a economia, focando em como podemos viver bem juntos, respeitando o planeta e uns aos outros. Afinal, se existem tantos problemas, também existem inúmeras soluções – só precisamos olhar para o que está surgindo de novo e apoiar essas mudanças.

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