Com a virada do ano, os novos horizontes para 2025 já começam a se delinear, e é impossível ignorar o papel transformador do impacto socioambiental e do empreendedorismo feminino nesse cenário. Nos eventos mais recentes que participei, como o SF Summit, evento realizado pelo Super Finanças, vivenciamos discussões únicas sobre tendências que não só guiam nossos passos, mas também nos desafiam a criar um futuro mais inclusivo e sustentável. Aqui estão algumas das quais eu apostaria para este ano:
1- Empresas do futuro
O conceito de “empresas do futuro” não é mais uma visão idealista, mas uma realidade em construção. Organizações que incorporam impacto positivo em sua estratégia já estão liderando mercados, conquistando consumidores conscientes e atraindo investidores que buscam não apenas retorno financeiro, mas também valor socioambiental.
O impacto positivo deixou de ser opcional e se tornou um diferencial competitivo. Modelos de negócio que integram sustentabilidade, inovação e justiça social são os que estão prosperando – e os que mais contribuem para as comunidades e o planeta.
Com as crises climáticas e sociais se tornando cada vez mais urgentes, empresas que não se alinham aos princípios de sustentabilidade e justiça social estão ficando para trás. Estudos atuais já mostram que consumidores e investidores preferem marcas com propósito.
Um relatório recente da Nielsen aponta que 73% dos consumidores globais afirmam que mudariam seus hábitos de consumo para reduzir o impacto ambiental – e esperam o mesmo das empresas com as quais se relacionam.
Mas, não se engane, empresas do futuro não apenas acompanham as mudanças – elas as lideram. Ao priorizarem impacto positivo, elas se tornam símbolos de resiliência, inovação e justiça em um mundo que anseia por esses atributos.
2- Educação e o futuro do trabalho
Hoje, amanhã ou daqui a 50 anos, a educação continuará sendo o alicerce para transformar tendências em realidade. Não é apenas uma questão de se preparar para profissões específicas, mas de desenvolver mentes adaptáveis, criativas e conscientes para enfrentar um mercado em constante evolução.
Segundo previsões discutidas no SF Summit 2024, 12% das profissões existentes hoje podem desaparecer até 2027, enquanto novas carreiras (cerca de 69 milhões de empregos) – muitas ainda nem inventadas – surgirão para preencher essas lacunas. Isso exige uma abordagem educacional que integre tecnologia, impacto socioambiental e desenvolvimento de habilidades socioemocionais.
O modelo de educação tradicional, focado em carreiras estáticas, não atende mais às demandas do futuro. Precisamos de uma abordagem disruptiva que incentive a experimentação, o pensamento crítico e a interdisciplinaridade.
3- Mulheres no centro da inovação
O empreendedorismo feminino deve continuar mostrando resiliência, criatividade e retorno acima da média em 2025. Apesar dos desafios históricos, as mulheres têm se destacado como agentes de mudança e inovação, provando que investir nelas não é apenas uma questão de equidade, mas de resultados.
Estudos apontam que startups lideradas por mulheres geram 10% mais receita nos primeiros cinco anos de operação, mesmo enfrentando desigualdades de acesso a recursos financeiros. Este dado reflete não apenas a capacidade de inovação, mas também a eficiência e a resiliência que trazemos ao ecossistema de negócios.
Muito além de liderar com eficiência, empreendedoras tendem a integrar propósitos mais amplos em seus modelos de negócio. Muitas startups fundadas por mulheres estão na vanguarda de soluções em sustentabilidade, saúde, educação e tecnologia – áreas críticas para o futuro do planeta.
O que faz dessas tendências mais do que meras previsões é o nosso papel ativo em moldá-las. 2025 será um marco na construção de um mundo mais sustentável, inovador e equitativo, mas isso só será possível se cada um de nós assumir a responsabilidade de agir agora.