Investimento será destinados à produção de séries e filmes nacionais, promovendo maior acesso da população à cultura
Em celebração ao Dia Nacional do Cinema, o governo federal anunciou um investimento significativo de R$ 1,6 bilhão no setor audiovisual, destinado principalmente à produção de filmes e séries nacionais. O evento, realizado no Rio de Janeiro, contou com a assinatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, regulamentando a cota de tela em cinema conforme a Lei 14.814/2024, que exige a exibição de uma quantidade mínima de obras cinematográficas brasileiras até 2033.
A medida tem como objetivo valorizar e fortalecer o cinema nacional, ampliando sua presença nas salas de exibição do país. A Agência Nacional do Cinema (Ancine) será responsável por fiscalizar o cumprimento dessa cota, assegurando que as produções nacionais ocupem espaço significativo ao longo do ano.
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O presidente Lula enfatizou a importância da cultura para a formação de uma sociedade crítica e engajada, defendendo a regulamentação do setor de streaming e a taxação das plataformas digitais para garantir recursos às produções nacionais. Segundo Lula, “um país que não tem cultura, que não investe nela, o povo não é povo, é massa de manobra. Porque a cultura politiza e refresca a cabeça das pessoas.”
Além do investimento direto, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a criação de uma linha de crédito específica para a indústria audiovisual, o BNDES FSA Audiovisual, com um orçamento inicial de R$ 400 milhões.
Desenvolvido em parceria com o Ministério da Cultura e a Ancine, o programa visa apoiar projetos de grande porte, enquanto iniciativas menores serão atendidas pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que o financiamento pretende resolver os principais gargalos da produção e exibição, focando em infraestrutura, inovação e acessibilidade. “Vamos levantar o cinema brasileiro. Garantir tela para quem produz a alma e a história do povo brasileiro”, afirmou Mercadante.
Esse amplo investimento no setor audiovisual é uma estratégia para democratizar o acesso à cultura, permitindo que mais brasileiros tenham contato com a produção artística nacional.
Ao fortalecer a indústria cinematográfica, o governo busca não apenas promover a cultura, mas também incentivar o pensamento crítico e a identidade cultural do país, reforçando a importância do cinema como ferramenta de educação e entretenimento.