A isenção de imposto sobre a importação de medicamentos foi prorrogada pelo Governo Federal até março de 2025. A medida provisória (MP), publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) no dia 25 de outubro, visa ampliar o acesso a medicamentos essenciais, eliminando o Imposto de Importação para remédios adquiridos por pessoas físicas até o limite de US$ 10 mil. O governo justifica a MP como um passo importante para garantir o direito social à saúde e promover justiça no acesso a tratamentos de alto custo.
A manutenção da alíquota zerada permite que medicamentos considerados indispensáveis continuem acessíveis, beneficiando especialmente aqueles que dependem de remédios importados para tratamentos específicos e muitas vezes caros. Com essa isenção, o governo pretende reduzir o peso financeiro desses medicamentos, que podem ter uma carga tributária elevada se importados sem a isenção.
Importância da isenção para a saúde pública
A decisão de prorrogar a isenção de imposto de importação para medicamentos visa diretamente beneficiar pessoas que dependem de tratamentos contínuos e caros. Segundo o governo, a medida é essencial para manter um ambiente de saúde mais equitativo, onde o acesso a medicamentos de alta necessidade não seja inviabilizado pelos custos de importação.
“Esta MP é uma medida fundamental para garantir o direito social à saúde, considerando que a incidência do Imposto de Importação poderia dificultar a aquisição de medicamentos essenciais à sobrevivência”, explica a assessoria da Presidência em nota.
A medida atende a uma demanda urgente de pacientes que necessitam de medicamentos que não são produzidos nacionalmente ou que possuem preços mais competitivos no exterior.
Funcionamento do Regime de Tributação Simplificada (RTS)
A medida também inclui mudanças no Regime de Tributação Simplificada (RTS), utilizado para remessas internacionais. A partir da MP, as empresas que realizam importações por esse regime deverão fornecer informações detalhadas dos produtos antes de sua chegada ao Brasil. Essa exigência de dados antecipados e o pagamento prévio dos tributos são vistos como uma tentativa de agilizar o processo de liberação dos produtos, reduzindo burocracias e custos envolvidos.
Essas modificações visam descomplicar o processo para importadores e consumidores, garantindo que as remessas cheguem de forma rápida e segura ao seu destino. Essa antecipação no envio de dados sobre o conteúdo das mercadorias pode ajudar a Receita Federal no processo de fiscalização, ao mesmo tempo em que facilita o acesso ao medicamento pelo consumidor final.
“A adoção dessas medidas agiliza o processo de importação, uma vez que as informações e os pagamentos serão realizados de forma antecipada, reduzindo a burocracia e os custos envolvidos”, aponta o governo.
Leia também: 34% das mulheres lideram lares, contra 25% que ocupa papel de esposa, diz censo
Histórico da medida e impacto no setor de saúde
A nova medida provisória substitui uma versão anterior, que havia sido implementada em junho, mas que perdeu a validade recentemente. Anteriormente, as alíquotas tributárias aplicadas sobre medicamentos importados variavam entre 20% e 60% sobre o preço do produto, o que representava um custo significativo para os pacientes que dependem dessas importações. Para aqueles que precisam de medicamentos de uso contínuo, a medida representa uma economia substancial e uma possibilidade de manter seus tratamentos em dia.
A isenção pode impactar diretamente o mercado de saúde, incluindo desde grandes importadores até pequenos distribuidores e farmácias. Ao manter a alíquota zero, o governo abre um caminho para que os preços dos medicamentos importados fiquem mais acessíveis para consumidores individuais e também para clínicas e hospitais que adquirem esses medicamentos no exterior. Isso é especialmente relevante para remédios que ainda não são fabricados em larga escala no Brasil, garantindo um preço mais competitivo e facilitando a aquisição.
Perspectivas para o futuro da isenção tributária
Com a validade até março de 2025, a medida oferece um alívio temporário, mas necessário, para milhares de brasileiros que precisam de acesso a tratamentos de alto custo. Especialistas e representantes do setor de saúde esperam que, além da MP, o governo também promova políticas de incentivo à produção nacional de medicamentos e insumos que ainda precisam ser importados, diminuindo a dependência do Brasil em relação ao mercado externo.
Para muitas famílias, essa MP representa não só uma redução de custos, mas uma questão de sobrevivência. A redução da carga tributária sobre esses medicamentos facilita o tratamento contínuo de doenças graves e crônicas, contribuindo para a qualidade de vida de milhares de brasileiros.
No entanto, o impacto positivo da medida é temporário e exige que o governo busque soluções permanentes para a questão do acesso a medicamentos importados. A implementação de políticas públicas voltadas para a produção e pesquisa de medicamentos no Brasil poderia ser uma solução a longo prazo, reduzindo a necessidade de importação e oferecendo uma alternativa sustentável para o sistema de saúde.
A prorrogação da isenção de impostos sobre medicamentos importados, estabelecida pela medida provisória, é uma resposta às necessidades de saúde da população brasileira. Com validade até março de 2025, a medida beneficia pacientes que dependem de tratamentos caros e importados, além de facilitar o processo de importação com a simplificação do RTS. Embora a iniciativa seja uma solução de curto prazo, ela é vista como um avanço importante na acessibilidade dos medicamentos.
Para pacientes que buscam um tratamento eficaz e acessível, a medida provisória representa um suporte essencial. A partir dela, muitos têm a esperança de que o governo continue a desenvolver políticas públicas que visem não apenas reduzir impostos, mas também fortalecer a produção nacional e garantir o acesso contínuo a medicamentos que ainda dependem de importação.