Indústria nacional recua 0,6% em novembro, diz IBGE

A produção industrial do Brasil apresentou queda em novembro, conforme divulgado pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE, nesta quarta-feira, 8 de janeiro. O setor registrou um declínio de 0,6%, marcando o segundo recuo consecutivo, o que resultou em uma perda acumulada de 0,8% no período, considerando também o resultado negativo de outubro, que foi de -0,2%.

Queda na produção industrial brasileira em novembro.
Produção industrial no Brasil registra queda de 0,6% em novembro, com perdas em veículos e produtos químicos, apesar de alta anual  |Foto: Reprodução/Freepik

Esse desempenho esteve próximo das previsões dos analistas de mercado, que indicavam uma queda de 0,7%. Segundo André Macedo, gerente da PIM Brasil, o resultado negativo de novembro pode ser explicado por uma base de comparação mais alta devido aos bons resultados de agosto e setembro, que impulsionaram uma expansão acumulada de 12,7%. Além disso, a perda generalizada entre os principais produtos do setor, como automóveis, caminhões e autopeças, também contribuiu para o resultado final.

Entre outubro e novembro, os veículos automotores, reboques e carrocerias apresentaram uma queda de 11,5%. Apesar disso, Macedo destacou que essa atividade, embora tenha diminuído, ainda estava 14,2% acima do nível registrado no final de 2023.

A produção nas áreas de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis também caiu 3,5%.

O índice de novembro revelou uma predominância de taxas negativas, afetando as quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 25 ramos industriais analisados. Dentre as atividades econômicas, o segmento de bens semi e não duráveis foi o que registrou a maior variação negativa, com uma queda de 2,8%.

Macedo explicou que esse segmento foi pressionado pela redução na produção de álcool etílico, impactado pelas condições climáticas desfavoráveis, que afetaram tanto a colheita quanto o processamento das empresas. Ele também apontou quedas em produtos relacionados aos setores de alimentos e bebidas, como cervejas, chope e refrigerantes.

Por sua vez, André Valério, economista sênior do Inter, observou que a produção industrial está dando sinais de perda de dinamismo, especialmente com a segunda queda consecutiva no setor.

Na comparação anual a indústria avança

Apesar da queda observada em novembro, a indústria nacional apresentou um bom desempenho ao longo de 2024, com crescimento no comparativo anual. Em relação a novembro de 2023, a produção aumentou 1,7%, marcando o sexto mês consecutivo de expansão.

No acumulado do ano, a produção industrial avançou 3,2%, mantendo uma tendência de alta ao longo de 2024, com a maioria dos setores registrando taxas positivas. Entre as atividades que mais contribuíram para esse crescimento, a produção de máquinas e equipamentos teve o maior impacto, com uma elevação de 2,3%.

De acordo com o economista sênior André Valério, 2024 deverá ser um ano forte para a indústria, com um crescimento esperado próximo a 3%, impulsionado especialmente pela produção de bens de capital, que até o momento registra um aumento acumulado de 8,8%. Isso indica uma formação robusta de capital fixo, como já é possível perceber nos resultados do PIB.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) também manteve sua avaliação positiva sobre a recuperação da indústria em 2024. A entidade observa que o setor está consolidando seu processo de recuperação, com destaque para o crescimento dos setores de bens de consumo duráveis e bens de capital.

Com base nesse cenário, a Fiesp reafirmou sua projeção de crescimento de 2,9% para a produção industrial em 2024, após um ano de 2023 marcado por uma estabilidade relativa, com um aumento de apenas 0,1% na produção.

Perspectivas para 2025

Embora tenha ocorrido uma queda na produção em novembro, a indústria nacional teve um bom desempenho ao longo de 2024, com crescimento em comparação ao mesmo período do ano anterior. Em relação a novembro de 2023, a produção aumentou 1,7%, marcando o sexto mês consecutivo de expansão.

No total acumulado do ano, a produção industrial subiu 3,2%, continuando a tendência de crescimento observada ao longo de 2024, com a maioria dos setores apresentando resultados positivos. A produção de máquinas e equipamentos foi a que mais impulsionou esse crescimento, com um aumento de 2,3%.

O economista sênior André Valério indicou que 2024 deve ser um ano robusto para a indústria, com um crescimento esperado próximo a 3%, impulsionado principalmente pela produção de bens de capital, que até o momento acumula um aumento de 8,8%. Isso sugere uma forte formação de capital fixo, o que já pode ser observado pelos resultados do PIB.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) também manteve uma perspectiva otimista sobre a recuperação da indústria em 2024. A entidade observou que o setor está consolidando seu processo de recuperação, com ênfase no crescimento dos setores de bens de consumo duráveis e bens de capital.

Diante desse cenário, a Fiesp reiterou sua previsão de crescimento de 2,9% para a produção industrial em 2024, após um ano de 2023 com um desempenho relativamente estável, com um aumento de apenas 0,1% na produção.

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