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Argentina corta taxa básica de juros de 100% para 80%

Banco Central argentino surpreende ao reduzir taxa anual básica de juros

O Banco Central da Argentina surpreendeu ao reduzir sua taxa básica de juros de 100% para 80%, citando expectativas de queda na inflação mensal e fortalecimento do peso no mercado paralelo. Apesar da inflação anual estar acima de 270%, a autoridade monetária mencionou vários fatores para justificar o corte na noite de segunda-feira, incluindo a recomposição das reservas internacionais.

No Brasil, onde o Banco Central (BC) vem reduzindo os juros desde o ano passado, a taxa básica de juros (Selic) está atualmente em 11,25% ao ano, considerada muito alta pelo presidente Lula, que tem criticado o BC por prejudicar o crescimento econômico do país. O IBGE divulgou hoje que a inflação nos últimos 12 meses no Brasil está em 4,50%, atingindo o teto da meta estabelecida pelo BC.

A divulgação do índice de preços ao consumidor de fevereiro na Argentina, hoje (12), mostrou uma desaceleração, pelo segundo mês consecutivo, maior do que a esperada pelos analistas. A inflação no mês passado foi de 13%, abaixo das projeções de 15% do mercado. Nos meses de janeiro e dezembro, foi de 21% e 26%, respectivamente. No entanto, a inflação anual atingiu 276%.

As autoridades monetárias de Buenos Aires observaram que, apesar da queda nas taxas, a quantidade de dinheiro em circulação diminuiu 17% em termos ajustados pela inflação desde que Milei assumiu o cargo. O controle rígido sobre a base monetária ajudou a conter os preços mensalmente até agora.

Apesar dessas medidas, o país enfrenta uma recessão acentuada este ano. As políticas de austeridade de Javier Milei resultaram na redução dos gastos com seguridade social e em salários ajustados pela inflação, que estão no nível mais baixo desde 2003, início do kirchnerismo.

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