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Venda de imóveis novos cresce 32,6% e bate recorde no Brasil

Abrainc afirma que foram vendidas 163,1 mil unidades em 2023, o maior número de série histórica iniciada em 2014


Entre janeiro e dezembro de 2023, o mercado imobiliário brasileiro experimentou um crescimento total de 32,6% nas vendas de novos imóveis em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse aumento foi em grande parte impulsionado pela demanda por apartamentos menores. Fatores como a redução da taxa básica de juros, a diminuição do desemprego e o aumento da renda das famílias contribuíram para impulsionar as vendas.

Até então, o maior volume de vendas registrado na série histórica, que começou em 2014, havia sido em 2021, com 131,6 mil unidades vendidas. Estas informações foram divulgadas pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em conjunto com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta quarta-feira (13/3).

Os dados incluem informações de 20 incorporadoras associadas à Abrainc, representando cerca de um terço do mercado imobiliário brasileiro. As estatísticas mostram que as vendas de imóveis novos aumentaram de 123 mil unidades em 2022 para 163 mil em 2023, uma alta de 32%.

Outro fator que impulsionou as vendas foi o aumento do valor dos imóveis da faixa três do programa Minha Casa, Minha Vida, que foi ajustado para R$ 350 mil em julho de 2023. O programa registrou um aumento de 42,2% no volume de unidades comercializadas, totalizando 117,4 mil unidades, e um aumento de 55,1% no valor total das vendas, chegando a R$ 26 bilhões. Além disso, esse setor também apresentou um crescimento de 16,7% no número de lançamentos (93,3 mil unidades) e de 39,3% no valor dos imóveis lançados, atingindo R$ 21,3 bilhões em 2023.

Desempenho do segmento Médio e Alto Padrão

O setor de imóveis de padrão médio e alto (MAP) mantém um desempenho positivo nas vendas, com um aumento de 14% no número de unidades vendidas e um crescimento de 18,9% no valor total das vendas. Embora haja uma queda de 9,2% no valor total dos lançamentos neste segmento, isso sugere uma progressiva adequação nos níveis de estoque de imóveis de padrão médio e alto. Atualmente, o tempo médio de oferta é de 17 meses, comparado aos 24 meses registrados no início de 2023.

Queda na taxa de juros

O presidente da Abrainc, Luiz França, expressa sua confiança no contínuo crescimento do setor neste ano. Ele menciona que, devido à tendência atual de redução da taxa de juros, é esperado um aumento nas vendas em 2024, o que torna a aquisição de imóveis para investimento ainda mais atrativa. França também destaca um aumento de 17% nos preços dos aluguéis, o que reforça a demanda por ativos imobiliários.

Segundo dados da Abrainc, o setor imobiliário é responsável por 11% dos empregos formais no país, contribui com 9% dos impostos gerados no Brasil e tem um impacto significativo em 97 diferentes atividades econômicas.

“Com a atual tendência de queda da taxa de juros, é esperado um aumento nas vendas em 2024, tornando a compra de imóveis para investimento ainda mais atrativa. Além disso, observou-se um incremento de 17% nos preços dos aluguéis, fortalecendo ainda mais a procura por ativos imobiliários”

Luiz França, presidente da Abrainc

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