O governo revisou suas previsões para a economia do país neste ano, esperando agora um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5%, em vez dos 2,2% previstos anteriormente. Isso se deve ao bom desempenho das vendas no varejo e dos serviços, à criação de empregos e ao aumento das concessões de crédito. No entanto, a previsão para a inflação medida pelo IPCA foi ajustada de 3,50% para 3,70% devido às inundações no Rio Grande do Sul, que afetaram a produção de alimentos como arroz, carnes e aves.
Essas informações foram divulgadas pelo Ministério da Fazenda no Boletim Macrofiscal, divulgado a cada dois meses. O boletim também aumentou a previsão de inflação para 2025, de 3,10% para 3,20%.
Segundo o governo, é esperado um aumento mais significativo nos preços dos alimentos nos próximos meses, devido às condições climáticas adversas, mas parte desse aumento deve ser compensada posteriormente com a normalização da oferta.
As projeções de crescimento do PIB não consideram os impactos das inundações no Rio Grande do Sul na atividade econômica. Para 2025, o governo manteve a expectativa de crescimento de 2,8% para a economia brasileira.
O documento ressalta que o impacto das inundações depende de fatores como novos eventos climáticos e o efeito de programas de ajuda nas áreas afetadas. O PIB do Rio Grande do Sul, que representa cerca de 6,5% do PIB nacional, deve sofrer perdas principalmente no segundo trimestre, especialmente nas áreas ligadas à agricultura e à indústria.
Além disso, o cenário externo também preocupa, com o aumento da inflação nos Estados Unidos e as tensões geopolíticas no Oriente Médio, o que tem levado a um aumento na aversão ao risco, nos rendimentos dos títulos do governo americano e na cotação do dólar.