Paramount demite Bob Bakish, CEO por 8 anos, após grave crise financeira

A Paramount Global anunciou nesta segunda-feira (29) a demissão do CEO da empresa, Bob Bakish, que ocupava o cargo desde 2016. Bakish, que estava na empresa desde 1997, teve sua saída confirmada por meio de um comunicado à imprensa.

O cargo de CEO não será ocupado, sendo extinto, e um comitê composto por três executivos já presentes no conglomerado de mídia assumirá o comando da empresa.

George Cheeks, presidente e CEO da CBS; Chris McCarthy, presidente e CEO da Showtime, MTV Entertainment Studios e Paramount Media Networks; e Brian Robbins, presidente e CEO da Paramount Pictures e Nickelodeon, serão responsáveis por definir os rumos da empresa daqui para frente.

Bakish assumiu o cargo de CEO da Viacom em 2016 e permaneceu no posto após a fusão da Viacom com a CBS Corporation em 2019, formando a Paramount Global. Ele foi um dos principais defensores do serviço de streaming Paramount+.

Além de deixar o cargo de CEO, Bakish também está deixando o conselho de administração da Paramount. Sua saída ocorre em meio a problemas financeiros da empresa, conforme revelado em balanços divulgados para acionistas.

O streaming Paramount+ registrou um prejuízo de S$ 1,6 bilhão (R$ 8,2 bilhões na cotação atual) em 2023, levando ao cancelamento de produções como o reality show Rio Shore.

Os papéis da empresa, negociados na bolsa de valores dos Estados Unidos, acumulam uma queda de 52% em 12 meses e de 73% em três anos. A dívida e empréstimos devidos pela empresa totalizam cerca de US$ 14 bilhões (R$ 72 bilhões) de acordo com o balanço do ano passado.

Diante dos problemas financeiros, a Paramount está buscando soluções, incluindo a venda da empresa para sanar a crise. O fundo de capital privado Apollo Global fez ofertas para adquirir as divisões de cinema e TV da Paramount, mas ambas foram recusadas.

Agora, o Apollo está buscando o apoio da Sony para uma possível aquisição completa da empresa, o que agrada os acionistas da Paramount.

No Brasil, a Paramount está tentando rescindir o contrato de transmissão da Libertadores e da Copa Sul-Americana como parte dos esforços para reduzir custos, apesar do acordo com a Conmebol ser válido até 2026.

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