Índice sobe para 91,1 pontos após queda expressiva no mês anterior
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) publicado mensalmente pela Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) teve um aumento de 1,9 pontos em relação ao mês de maio. No total, o índice atingiu 91,1 pontos após uma queda considerável registrada no quinto mês do ano. Em médias móveis, o índice ficou em 91,2 pontos em 2024.
Após recuo no mês anterior, a confiança do consumidor voltou a subir, influenciada tanto pela melhora da percepção sobre a situação atual quanto pelas expectativas para os próximos meses. Esse resultado foi impulsionado, principalmente, pelas faixas de renda mais baixas. Em médias móveis trimestrais, a confiança dos consumidores reflete certa estabilidade e uma tímida melhora na média do segundo trimestre em relação ao trimestre passado”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV Ibre.
Porém, a especialista alerta que “tais resultados refletem a dificuldade em alcançar níveis mais satisfatórios de confiança e parecem estar vinculados às limitações financeiras das famílias e às taxas de juros elevadas, evidenciadas pelos indicadores de situação financeira atual e de intenção de compra de duráveis, que, apesar da melhora no mês, se mantêm em níveis pessimistas.”
Expectativas do consumidor também se mantiveram em alta
Neste mês, as expectativas dos consumidores também apresentaram alta no levantamento da FGV. O Índice de Expectativas (IE) avançou 2,6 pontos, para 98,1 pontos, recuperando parte da queda do mês anterior. Além disso, o Índice da Situação Atual (ISA) apresentou alta de 1,0 ponto, para 81,6 pontos, maior nível desde novembro de 2023 (82,0 pontos).
O que mais contribuiu para a retomada do ICC foram os bens duráveis, que apresentaram a maior alta, de 5,2%, e cresceram para 84 pontos. Esse aumento também foi observado nos indicadores que medem as perspectivas para a situação futura da economia e para as finanças futuras das famílias, que avançaram 2,0 e 0,3 pontos, para 110,3 e 100,4 pontos, respectivamente. No entanto, apesar do aumento, esses índices não se recuperaram totalmente da queda de maio.
Finanças pessoais
Houve também uma melhora nas avaliações sobre as finanças pessoais das famílias. O indicador avançou 2,2 pontos, para 71,5 pontos, maior nível desde novembro de 2023 (73,6 pontos). Em contrapartida, foi registrada uma queda nas percepções sobre a economia local, que variou negativamente em 0,3 pontos, atingindo 92 pontos.