Os dividendos são uma parcela do lucro que as empresas pagam para os acionistas e podem render um dinheiro a mais
Dividendo é um dos termos que o investidor mais gosta de ouvir, já que ele proporciona uma renda extra para quem investe em determinadas empresas. Os dividendos são parte dos lucros que são distribuídos para os acionistas, funcionando como uma remuneração pelo capital investido.
Os valores pagos dependem do tipo de negócio, do desempenho financeiro da empresa e da estratégia adotada. Além disso, dividendos não são contabilizados na declaração do Imposto de Renda.
A legislação brasileira prevê que toda empresa que negocie ações no ano fiscal pague dividendo no ano fiscal, desde que haja lucro. Neste caso, a divisão é definida por meio de estatuto, fixado em lei ou também por meio de Assembleia de Acionistas.
Como é feita a divisão de pagamentos?
As empresas têm liberdade para definir o percentual de lucro que será distribuído, desde que isso esteja previsto em seu estatuto. Caso não esteja esclarecido no estatuto, a lei prevê que sejam repassados pelo menos 50% do lucro anual. Entretanto, se os acionistas decidirem estabelecer uma porcentagem, mesmo que ela não esteja definida no estatuto, essa porcentagem não pode ser inferior a 25%.
Onde são mais pagos dividendos?
Geralmente, as empresas que mais costumam redistribuir lucros são as que dominam o segmento em que atuam e que não dependem da situação econômica do país que estão inseridas, garantindo uma renda estável e previsível, como, por exemplo, concessionárias de serviço público, como energia elétrica, saneamento e telecomunicações.
Nos casos de empresas privadas, o pagamento é mais pontual, dependendo de acontecimentos pontuais, como uma operação específica, um bom ano financeiramente ou a venda de um ativo.
Como funcionam os pagamentos?
Existem 3 formas que comuns para o pagamento dos dividendos:
- Dividendos em Dinheiro: A forma mais comum, onde os acionistas recebem um valor em dinheiro proporcional ao número de ações que possuem.
- Dividendos em Ações: Em vez de dinheiro, a empresa pode distribuir ações adicionais aos seus acionistas.
- Juros sobre Capital Próprio (JCP): Uma forma de remuneração similar aos dividendos, mas que oferece algumas vantagens fiscais para a empresa.
Além disso, a frequência dos pagamentos também pode variar de empresa para empresa, de acordo com a estratégia adotada:
- Anualmente: Pagamento uma vez por ano.
- Semestralmente: Pagamento duas vezes ao ano.
- Trimestralmente: Pagamento quatro vezes ao ano.
- Mensalmente: Algumas poucas empresas, geralmente fundos imobiliários, pagam dividendos todos os meses.
Diferenças entre Dividendo e Renda Fixa
A principal diferença entre essas duas fontes de renda é como elas são geradas para os investidores. Dividendos tem sua origem no lucro das empresas, estando atrelados a saúde financeira em um determinado período. Neste caso, os valores podem variar conforme o desempenho econômico ao longo do tempo.
Já a renda fixa tem um ganho pré-estabelecido, estando ligado a um indicador financeiro, sendo o mais comum a taxa Selic, a taxa básica de juros no Brasil.