O Museu das Amazônias será construído na capital do estado, em Belém
O Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF) confirmou nesta terça-feira, 11 de junho, a concessão de US$ 800 mil (aproximadamente 4,3 milhões de reais) para a criação do Museu das Amazônias, no estado do Pará. O museu ficará localizado em um dos galpões do Porto de Belém e se tornará um dos legados da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em novembro no norte do país.
A ideia tem o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No evento, estavam presentes o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o presidente executivo do CAF, Sergio Díaz-Granados, e o governador do Pará, Helder Barbalho, que participou de maneira virtual.
“O banco soma seus esforços às ações já existentes para a implementação do projeto”, afirmou Aloizio Mercadante. “Legado da COP 30, o Museu das Amazônias será um equipamento de difusão científica e cultural, que dará voz aos seus habitantes e comunidades de forma duradoura, construtiva e lúdica, fomentando um novo polo turístico agregador”, complementou.
Planos para o museu
Segundo o BNDES, o plano de trabalho estabelecido para o projeto é fruto de uma cooperação entre o governo do Pará e o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG).
“Os recursos do CAF serão destinados ao desenvolvimento do desenho e à implantação dos projetos executivos necessários para a construção do museu, assegurando a qualidade técnica, os critérios de sustentabilidade e o alinhamento com as diretrizes aplicáveis à região amazônica, incluindo o estado do Pará e o município de Belém”, destacou o banco.
A cooperação internacional também incluirá a criação de programas de investigação, inovação e desenvolvimento tecnológico, além de conhecimentos locais e tradicionais sob os conceitos programáticos do museu.
A ideia do projeto é contemplar todos os povos originários que fazem parte da Amazônia, nos diversos países ocupados pela floresta, como Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
As obras serão divididas em quatro eixos temáticos:
- Amazônia milenar – que promove os saberes ancestrais indígenas;
- Amazônia secular – um olhar para os ribeirinhos, quilombolas, extrativistas, seringueiros, pescadores e outros povos que ocupam a região;
- Amazônia degradada – alertando sobre o risco para a região e o mundo;
- Amazônias possíveis – um debate sobre os rumos do bioma.