Imigrantes impulsionam negócios e transformam o futuro econômico dos Estados Unidos em 2024
A presença crescente de empreendedores imigrantes na economia americana é notável em 2024. Segundo o American Immigration Council (Conselho Americano de Imigração), 46% das empresas da Fortune 500 — lista das 500 maiores empresas dos Estados Unidos, baseada em receita — foram fundadas por imigrantes ou seus descendentes. Esse é o maior percentual desde 2011, reforçando o papel crucial da imigração como motor de inovação e crescimento econômico no país.
Essas empresas têm grande impacto na economia, especialmente em estados como:
- Califórnia: 27% da população de 39 milhões são imigrantes.
- Texas: 17% da população de 30 milhões.
- Flórida: 21,6% da população de 23 milhões.
- Nova York: 23% da população de 20 milhões.
As empresas fundadas por imigrantes nos Estados Unidos, chamadas “New American”, geraram US$ 8,6 trilhões em receita em 2023, superando economias como Japão, Alemanha e Reino Unido. Além disso, empregam mais de 15,5 milhões de pessoas mundialmente, com destaque nos setores de tecnologia, manufatura e serviços profissionais.
“Números como os da Fortune 500 evidenciam a contribuição essencial dos imigrantes para o crescimento econômico e inovação nos Estados Unidos. Nossa missão é garantir o suporte necessário a esses empreendedores para que eles possam transitar pelo complexo ambiente jurídico e transformar suas ideias em negócios prósperos e influentes”, afirma o Dr. Vinicius Bicalho, sócio fundador da Bicalho Consultoria Legal.
Liderança nos setores da economia americana
Imigrantes e seus descendentes têm participação fundamental em setores estratégicos dos Estados Unidos. Na produção, mais de dois terços das empresas da Fortune 500 têm raízes imigrantes. Nos setores de serviços profissionais e tecnologia, a presença é significativa, representando 63,6% e 56,4% das maiores companhias, respectivamente.
Entre as 22 empresas da Fortune 500 cujos fundadores ainda ocupam o cargo de CEO, nove são lideradas por imigrantes, incluindo empresas como Tesla e Nvidia, referências em inovação.
Embora os empreendedores imigrantes continuem a impactar positivamente a economia americana, os EUA enfrentam o desafio de atrair e manter talentos globais. Países como o Canadá e algumas nações europeias estão adotando políticas de imigração mais flexíveis, tornando-se destinos atrativos para profissionais e empresas inovadoras.
O que é um imigrante?
Imigrantes são pessoas que deixam seu país de origem para se estabelecer em outro. Esse movimento ocorre por diversos motivos, como a busca por melhores condições de vida, oportunidades de trabalho, educação ou questões políticas e sociais, como perseguição ou guerra. Ao contrário dos migrantes, que se deslocam dentro do próprio país, os imigrantes cruzam fronteiras internacionais e passam a residir em outro país.
Ao chegar ao novo país, os imigrantes podem enfrentar desafios, como a adaptação à cultura local, aprendizado de um novo idioma e integração ao mercado de trabalho. Os países que os recebem geralmente têm políticas para regulamentar sua entrada e permanência, exigindo documentação e o cumprimento de requisitos legais.
Estados Unidos lideram o ranking de imigração global
Segundo dados do Statista, em 2020 os Estados Unidos abrigavam o maior número de imigrantes no mundo, com mais de 50 milhões de pessoas nascidas fora do país. Alemanha e Arábia Saudita seguiam com cerca de 16 e 13 milhões, respectivamente. As pessoas migram por motivos como pobreza, desemprego, guerra e perseguição.
Nos EUA, muitos buscam emprego, educação ou a reunificação familiar. Em 2021, a maioria dos novos residentes legais veio por reunificação familiar, totalizando 385.396 pessoas. Outras 193.338 obtiveram residência por oportunidades de emprego. No mesmo ano, 113.269 mexicanos tornaram-se cidadãos americanos naturalizados, seguidos por indianos, filipinos, cubanos e chineses.
Na Alemanha, a migração também é significativa. O número de migrantes aumentou nos anos 2010 devido à Guerra Civil Síria e à crise dos refugiados, e seguiu crescendo com os conflitos no Afeganistão e na Ucrânia. Além disso, o envelhecimento da população alemã reduziu o número de trabalhadores. Sem migração, a Alemanha terá 37,2 milhões de trabalhadores qualificados até 2040, comparado a 39,1 milhões em um cenário de alta migração, ainda assim, abaixo dos 43,5 milhões de 2020.