Neste ano, o país deverá vender 99 milhões de toneladas ao exterior, número menor que o recorde de 2023
Em 2024, o Brasil deverá exportar 99 milhões de toneladas de soja, 2,27% abaixo do recorde estabelecido em 2023, de 101,3 milhões de toneladas, segundo dados divulgados pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) na última terça-feira, 4 de setembro. O desempenho foi impactado pela quebra mais acentuada na safra de 2024.
No acumulado deste ano, a Anec indicou que foram exportadas 89,6 milhões de toneladas da commodity agrícola, já considerando uma projeção de 5,6 milhões de toneladas para o mês de setembro.
“A China continua se destacando como o principal destino, com 63,9 milhões de toneladas exportadas de soja até agosto”, disse a Anec. Segundo a associação, o volume comprado pelos chineses representa 76% do total. Até agosto, o país exportou 83,97 milhões de toneladas de soja, um aumento em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram exportadas 81,4 milhões de toneladas.
Exportações crescem, mas produção diminui
O crescimento nas exportações ocorre apesar de uma redução de aproximadamente 5% na produção de soja em relação ao ano passado, de acordo com dados da Conab, com o Brasil utilizando os estoques.
A Anec projeta ainda uma redução de aproximadamente 80 mil toneladas neste ano, em relação a 2023. Mesmo assim, o volume é semelhante ao previsto na programação de navios.
Outro importante produto agrícola, o milho, enfrenta uma expectativa de queda ainda maior nas exportações. De acordo com a Conab, mesmo com a redução estimada de 12%, a safra ainda é maior na comparação anual.
A Anec projeta 41 milhões de toneladas em 2024, número inferior ao recorde histórico de 55,56 milhões em 2023. No acumulado até setembro deste ano, considerando a previsão de exportação de 6 milhões de toneladas neste mês, a Anec estima a venda de 23 milhões de toneladas.