Embraer anuncia R$ 20 bilhões para produção de aeronaves e carros voadores

A Embraer, uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo, anunciou um investimento de R$ 20 bilhões até 2030 para o desenvolvimento de novas tecnologias no setor da aviação. O foco da empresa será a produção de aeronaves convencionais e a inovação na área de mobilidade aérea urbana, incluindo os chamados eVTOLs, conhecidos popularmente como “carros voadores”.

O anúncio foi feito pelo presidente da companhia, Francisco Gomes Neto, durante o lançamento da missão 6 do programa Nova Indústria Brasil (NIB), em cerimônia realizada no Palácio do Planalto.

O investimento pretende fortalecer a capacidade produtiva da Embraer no Brasil, fomentando avanços em tecnologias sustentáveis, como aeronaves elétricas. Os chamados eVTOLs, desenvolvidos pela Eve Air Mobility, empresa subsidiária da Embraer, são uma das principais apostas para a mobilidade aérea do futuro, promovendo deslocamentos urbanos mais rápidos e sustentáveis.

Fomento à inovação e financiamento

Além do anúncio do investimento, a cerimônia contou com a assinatura de contratos estratégicos para viabilizar o plano de inovação da empresa. A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) oficializaram um financiamento de R$ 331 milhões para a execução do plano estratégico da Embraer.

Outro destaque do evento foi a assinatura de um contrato de financiamento de R$ 2,1 bilhões para a aquisição de até 16 aeronaves da Embraer pela companhia aérea norte-americana Republic Airways. Esse acordo reforça a competitividade da empresa no mercado internacional, consolidando sua posição como uma das principais fabricantes de aeronaves comerciais de médio porte.

O impacto do investimento na economia brasileira

O anúncio da Embraer se alinha às estratégias do governo federal para fortalecer a indústria nacional e promover a inovação no setor aeroespacial. A Missão 6 do programa Nova Indústria Brasil tem como objetivo expandir os investimentos na área de defesa, aeronáutica e tecnologia nuclear, com um montante total de R$ 112,9 bilhões até 2026. Desse total, R$ 79,8 bilhões serão provenientes de recursos públicos, enquanto R$ 33,1 bilhões virão da iniciativa privada.

Leia também: BNDES aprova financiamento de R$ 2,1 bilhões para exportação de aviões Embraer

A mobilização de investimentos por meio da NIB já ultrapassa R$ 3,4 trilhões, abrangendo setores como construção civil, tecnologia da informação, agroindústria, energia renovável e saúde. Entre os investimentos privados já anunciados, destacam-se os seguintes setores:

  • Construção: R$ 1,06 trilhão
  • Tecnologia da informação: R$ 100,7 bilhões
  • Automotivo: R$ 130 bilhões
  • Agroindústria: R$ 296,3 bilhões
  • Energias renováveis: R$ 380,1 bilhões

Com o novo aporte da Embraer, espera-se que a indústria aeronáutica nacional ganhe ainda mais força, impulsionando empregos, inovação tecnológica e a inserção do Brasil no mercado global de mobilidade aérea sustentável.

O futuro da aviação com os eVTOLs

A Eve Air Mobility, braço da Embraer responsável pelo desenvolvimento dos eVTOLs, já vem trabalhando em projetos de mobilidade aérea urbana. Esses veículos elétricos de decolagem e pouso vertical são vistos como uma solução para congestionamentos nas grandes cidades, oferecendo transporte rápido e sustentável.

Os chamados eVTOLs, desenvolvidos pela Eve Air Mobility, empresa subsidiária da Embraer, são uma das principais apostas para a mobilidade aérea do futuro | Foto: Reprodução/Canva
Os chamados eVTOLs, desenvolvidos pela Eve Air Mobility, empresa subsidiária da Embraer, são uma das principais apostas para a mobilidade aérea do futuro | Foto: Reprodução/Canva

Os eVTOLs prometem revolucionar a mobilidade aérea, com operações que devem iniciar ainda nesta década. Empresas como a Embraer e outras gigantes do setor já têm projetos avançados para esse mercado, que pode movimentar bilhões de dólares nos próximos anos.

Com os investimentos anunciados, a Embraer se posiciona na vanguarda da inovação na aviação global, reforçando o papel do Brasil como um dos principais polos de desenvolvimento tecnológico do setor aeroespacial.

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