O estudo intitulado ‘Criando Sinergias entre a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o G20’ apresenta indicadores que revelam disparidades de renda, gênero, raça, idade e outros fatores dentro do bloco do G20.
A pesquisa revela que a proporção de mulheres em cargos de liderança no Brasil (38,8%) superou a média dos países membros do G20 (30,58%). O país alcançou o terceiro lugar nesse ranking, ficando atrás apenas da Rússia e dos Estados Unidos, onde as taxas chegaram a 46,2% e 41,4% em 2021, respectivamente.
Os dados analisados referem-se ao ano de 2021, pois é o período mais recente com informações comparáveis entre as nações do grupo econômico. Esses dados foram coletados a partir de fontes como Banco Mundial, ONU e Unesco, sendo parte da publicação ‘Criando Sinergias entre a Agenda 2030 e o G20 – Caderno Desigualdades’.
O estudo abrange sete indicadores globais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, fornecendo um panorama das desigualdades entre os países do G20. Os números destacam que um país pode ser economicamente rico e ainda assim apresentar fortes disparidades de gênero em cargos de liderança corporativa.
Um exemplo é o Japão, onde apenas 13,2% das mulheres ocupavam cargos de gerência em 2021, e a Alemanha, com uma taxa de 29,2% no mesmo ano. O Japão se destaca como o pior colocado no ranking entre 15 nações com dados disponíveis.
O Brasil, como país de renda média e em desenvolvimento, também apresentou uma proporção significativa de mulheres em cargos de chefia, superando nações como França e Canadá nesse aspecto.
No entanto, ao analisar exclusivamente o Brasil, os números indicam que “a proporção de mulheres em posições gerenciais teve um crescimento modesto” ao longo de 11 anos, conforme apontado pelo IBGE. Observa-se também que mulheres brancas ocupam mais posições gerenciais do que mulheres pretas ou pardas, e que a maioria das mulheres em cargos de liderança está no setor de serviços.
Levantamento sobre igualdades
O estudo foi apresentado no incio da semana na Casa de Cultura Laura Alvim, considerada a “sede do G20”, em Ipanema, Rio de Janeiro. A pesquisa aborda diversos temas, incluindo sade, educao, pobreza, mercado de trabalho, gnero e justia.
O objetivo do estudo fornecer informaes e insights para as discusses sobre desigualdades durante a Cpula do G20, que acontecer em novembro no Brasil. O Grupo dos Vinte (G20) engloba as 19 maiores economias do mundo, alm da Unio Europeia e, a partir deste ano, a Unio Africana.