O percentual de dívidas permanece em 78,8%, mesmo número do mês de maio
O perfil de crédito do brasileiro melhorou no mês de junho, apesar da estabilidade no número de endividados. O percentual de pessoas que se consideram “muito endividadas” foi reduzido em 0,6 p.p., alcançando 17,2%, enquanto o daquelas que se sentem “pouco endividadas” aumentou para 33,7%.
O dados foram levantados na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e publicada na última quinta-feira, 4 de julho.
Já o percentual de famílias com dívidas em atraso aumentou para 28,8%, permanecendo abaixo do percentual do mesmo mês do ano passado (29,2%). A porcentagem de famílias que não terão condições de pagar dívidas manteve em junho o nível de maio deste ano e de junho do ano passado, 12,0%.
Dívídas permanecem estáveis
Depois de três meses consecutivos em alta, o percentual de brasileiros endividados permaneceu estável no mês de junho. No levantamento anterior, realizado no mês de maio, os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) apontaram o maior índice desde novembro de 2022, com 78,8%.
Este índice leva em consideração diversas formas de crédito, como, por exemplo, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa.
Impacto da tragédia no Rio Grande do Sul nas dívidas brasileiras
O estudo também mostrou o impacto que a tragédia no Rio Grande do Sul teve no aumento do endividamento. O estado representa 0,4% do crescimento das dívidas dos brasileiros. Caso o desastre não tivesse ocorrido, haveria uma redução para 78,4%.
No entanto, é preciso destacar a redução em 0,2 pontos percentuais (p.p.) na inadimplência do estado. Esse efeito indica que as medidas de apoio ao estado começaram a surtir efeito na prática, dando maior alívio ao orçamento das famílias do Rio Grande do Sul.
Melhora no perfil de crédito
Ainda que o endividamento não tenha oscilado entre os levantamentos de maio e junho, o perfil de crédito melhorou. O percentual de pessoas que se consideram “muito endividadas” foi reduzido em 0,6 p.p., alcançando 17,2%, enquanto o daquelas que se sentem “pouco endividadas” aumentou para 33,7%.
Já o percentual de famílias com dívidas em atraso aumentou para 28,8%, permanecendo abaixo do percentual do mesmo mês do ano passado (29,2%). A porcentagem de famílias que não terão condições de pagar dívidas manteve em junho o nível de maio deste ano e de junho do ano passado, 12,0%.