O Drex, projeto de moeda digital do Banco Central do Brasil, foi destacado como a iniciativa mais inovadora do mundo por Italo Borssatto, conselheiro de inovação do Banco de Compensações Internacionais (BIS).
Durante um painel no evento Blockchain Rio, Borssatto afirmou: “O Brasil segue como referência em moeda digital emitida por banco central (CBDC). Vemos projetos avançados na Coreia do Sul, Hong Kong, e Cingapura. Mas o Brasil é o mais arrojado, com um cronograma concreto”.
Borssatto, que trabalha no hub de inovação do BIS em Hong Kong, mencionou que o projeto sul-coreano tem semelhanças com o Drex. No entanto, ele destacou que a abertura à iniciativa privada no Brasil é um diferencial. “Lá, eles têm feito de forma mais discreta, enquanto no Brasil o projeto é muito mais aberto”, disse.
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Quais os desafios do Drex?
Um dos principais desafios que os participantes do piloto do Drex estão enfrentando é a questão da privacidade das transações. Mesmo que essa dificuldade persista, Borssatto acredita que o projeto ainda terá grandes méritos. “Se a questão da privacidade for resolvida ou não no Drex, temos que aceitar que as blockchains públicas têm os dados compartilhados”, explicou.
A tecnologia blockchain, usada no Drex, funciona como um livro de registros digital aberto. O grande desafio dos bancos centrais ao emitir moedas digitais é garantir a privacidade das pessoas e instituições nas transações.
Atualmente, o projeto-piloto do Drex está na fase dois, com testes de casos de uso da tecnologia.