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Prêmio Nobel de Economia: honraria é concedida para estudo sobre desigualdade entre nações em 2024

Daron Acemoglu, Simon Johnson e James A. Robinson conquistaram o Prêmio Nobel ao demonstrar a importância de instituições sociais

Daron Acemoglu, Simon Johnson e James A. Robinson foram os grandes vencedores do Prêmio Nobel de Economia deste ano. Os nomes dos vencedores foram anunciados nesta segunda-feira, 14 de outubro, pela Academia Real de Ciências da Suécia em Estocolmo, na Suécia. 

Nobel
Nobel é entregue a estudo sobre desigualdades entre países | Foto: Reprodução/Fundação Nobel

O turco-americano Acemoglu e o norte-americano Johnson fazem parte do Instituto de Tecnologia do Massachusetts, nos EUA, enquanto o americano Robinson atua da Universidade de Chicago.

Os três conquistaram o prêmio por “estudos sobre como instituições são formadas e afetam a prosperidade das nações”, conforme explicou a organização do prêmio na cerimônia de apresentação dos vencedores. 

Os três estudiosos “demonstraram a importância das instituições sociais para a prosperidade de um país”, disse o comitê. “Sociedades com um estado de direito deficiente e instituições que exploram a população não geram crescimento ou mudanças para melhor. A pesquisa dos laureados nos ajuda a entender o porquê”, acrescentou o órgão responsável pela premiação.

“Reduzir as grandes diferenças de renda entre os países é um dos maiores desafios do nosso tempo. Os laureados demonstraram a importância das instituições sociais para alcançar esse objetivo”, afirmou Jakob Svensson, Presidente do Comitê do Prêmio em Ciências Econômicas.

Svensson declarou que as pesquisas proporcionam “uma compreensão muito mais profunda das causas fundamentais do fracasso ou do sucesso dos países”.

Desigualdade no Brasil

O número de milionários no Brasil deve crescer cerca de 22% nos próximos 4 anos, saindo de 380.585 mil para 463.797 mil. Esses dados foram divulgados no relatório Global Wealth Report 2024, publicado nesta quarta-feira, 10 de julho.

No ranking global, o país ocupa a 15ª colocação entre os lugares com mais pessoas com patrimônio superior a US$ 1 milhão, à frente de países como México, Noruega e Portugal. No total, foram analisados 56 países.

No entanto, o Brasil tem a terceira maior taxa de desigualdade na distribuição dessa riqueza. Esse resultado foi obtido por meio do Índice de Gini: instrumento utilizado para medir a concentração de renda em determinado grupo.

Quando o resultado é zero, significa que toda a população tem a mesma riqueza, e quanto mais próximo de 100, maior é a disparidade de renda. No levantamento, o resultado do Brasil foi 81 e em 2008, o número era 70.

Origem do Prêmio Nobel

O Prêmio Nobel teve sua origem no testamento de Alfred Nobel, um inventor e industrial sueco, responsável pela invenção da dinamite. Em 1895, Nobel, que acumulou grande fortuna ao longo de sua vida, se encontrava preocupado com o legado que deixaria. 

Essa preocupação aumentou quando um obituário prematuro foi publicado após a morte de seu irmão, onde ele foi descrito como “o mercador da morte”, devido à invenção de explosivos. Com o desejo de deixar um legado mais positivo, Nobel decidiu destinar a maioria de sua fortuna para criar prêmios que reconhecessem aqueles que fizessem contribuições significativas para a humanidade.

Seu testamento instituiu cinco categorias originais: Física, Química, Medicina, Literatura e Paz. A ideia era premiar avanços que promovessem o bem-estar e o progresso social. Em 1968, o Banco Central da Suécia criou o Prêmio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, ampliando o legado.

O primeiro Prêmio Nobel foi concedido em 1901, cinco anos após a morte de Nobel. Os laureados são escolhidos por comitês independentes e especialistas em cada área. As cerimônias de premiação ocorrem anualmente no dia 10 de dezembro, aniversário da morte de Alfred Nobel, com cerimônias em Estocolmo e Oslo, dependendo da categoria do prêmio.

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