A Worldcoin (WLD) é uma criptomoeda criada por Sam Altman, CEO da OpenAI, com a ideia de formar uma rede global de identidades digitais. O projeto usa um dispositivo chamado Orb, que escaneia a íris das pessoas para criar uma identidade digital única, chamada World ID.
Como a Worldcoin opera no Brasil?
Em troca do procedimento, os participantes recebem uma quantia de tokens WLD, que podem ser sacados, utilizados como investimento ou convertidos em outras criptomoedas.
A iniciativa tem provocado discussões, principalmente em relação à privacidade e à segurança dos dados. Enquanto reguladores e especialistas em proteção de dados destacam os riscos associados ao armazenamento de informações biométricas, a empresa argumenta que sua tecnologia foi desenvolvida para garantir a proteção das identidades dos usuários.
Como investir com a criptomoeda?
A Worldcoin (WLD) pode ser obtida de duas maneiras principais, oferecendo opções tanto para quem deseja se envolver diretamente no projeto quanto para aqueles que preferem adquiri-la por meio de negociações em plataformas especializadas.
Essas alternativas foram desenvolvidas para atender a diferentes perfis de usuários, garantindo flexibilidade no acesso à criptomoeda.
1. Participação no projeto:
Uma das maneiras de obter os tokens WLD é se envolvendo diretamente no projeto da Worldcoin. Para isso, o primeiro passo é baixar o aplicativo oficial da criptomoeda, disponível para dispositivos móveis.
Após a instalação, o usuário deve criar um cadastro, fornecendo as informações solicitadas para configurar sua conta. Em seguida, é necessário comparecer a um dos pontos de atendimento autorizados, que contam com o dispositivo Orb, um equipamento desenvolvido para escanear a íris.
Esse procedimento permite que o sistema gere uma identidade digital única e descentralizada para o usuário, garantindo a segurança e autenticidade do processo. Com o cadastro completo e o escaneamento realizado, o usuário pode receber os tokens WLD como recompensa pela participação.
2. Compra em corretoras
Outra alternativa é adquirir a Worldcoin diretamente em corretoras que negociam o ativo. O processo começa com a escolha de uma corretora confiável e a pesquisa pela moeda dentro da plataforma. Após localizar a WLD, o usuário deve criar uma conta na corretora, fornecendo os dados necessários para habilitar sua conta e realizar transações.
Com a conta ativa, é possível definir o valor que deseja investir e adquirir a quantidade desejada de tokens WLD, seguindo as etapas de compra indicadas pela corretora. Essa opção é ideal para quem deseja acesso direto aos tokens sem passar pelo processo de escaneamento.
Vale a pena fazer esse tipo de investimento?
Investir na Worldcoin pode ser atrativo para aqueles que acreditam no conceito de identidade digital descentralizada e buscam explorar novas possibilidades no universo das criptomoedas. Contudo, é importante avaliar os riscos associados, especialmente no que diz respeito à regulação e à privacidade.
Antes de tomar a decisão de investir, é aconselhável:
- Pesquisar mais sobre o projeto e seus propósitos;
- Ficar atento às atualizações e regulamentações sobre a criptomoeda;
- Diversificar os investimentos, a fim de reduzir os potenciais riscos.
Por que a Worldcoin ganhou tanta repercussão?
O projeto World, criado por Alex Blania e Sam Altman, CEO da OpenAI, tem como objetivo desenvolver um “passaporte de humanidade” chamado World ID. Esse passaporte usa o escaneamento da íris para distinguir pessoas de robôs e inteligências artificiais. Nesta semana, surgiram imagens no TikTok mostrando brasileiros em São Paulo dispostos a “vender a íris” por R$ 700, o que gerou debates e chamou atenção para o crescimento do projeto no Brasil.
Lançado em 2023, o projeto já tem mais de 100 mil usuários no Brasil em menos de dois meses, e 10 milhões de usuários no mundo inteiro. A ideia do World é usar essa tecnologia para registrar a íris dos participantes e criar uma identidade digital que comprove que a pessoa é humana. Isso é feito com um dispositivo chamado Orb, que escaneia a íris e gera o World ID.
Críticas e preocupações
O projeto tem crescido e se tornado mais conhecido, mas também tem gerado críticas e polêmicas. Autoridades de vários países estão preocupadas com a privacidade e a segurança dos dados biométricos coletados no registro dos usuários.
No Quênia, por exemplo, o governo decidiu suspender temporariamente o cadastro de novos usuários, preocupados com o uso indevido das informações pessoais. Na Espanha, a Suprema Corte também proibiu temporariamente o funcionamento do projeto, questionando a segurança na coleta dos dados biométricos.
A Tools for Humanity, empresa responsável pela Worldcoin, defende que o projeto é legítimo e tem objetivos claros. Eles afirmam que o registro da íris não é uma “venda” de dados, mas uma forma de incentivar os usuários com recompensas financeiras.
A empresa também vê o projeto como parte da evolução da internet para a Web3, um modelo no qual os dados dos usuários são compartilhados de forma recompensada, criando novas maneiras de interagir online.
Apesar de estar ganhando apoio em países com economias mais fracas, o projeto ainda enfrenta discussões sobre privacidade, segurança e ética, temas que podem influenciar seu futuro no mercado global de tecnologia.
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