Saiba como investir em Worldcoin: o pagamento para quem vende a íris

A Worldcoin (WLD) é uma criptomoeda criada por Sam Altman, CEO da OpenAI, com a ideia de formar uma rede global de identidades digitais. O projeto usa um dispositivo chamado Orb, que escaneia a íris das pessoas para criar uma identidade digital única, chamada World ID.

Dispositivo Orb utilizado para escanear íris na Worldcoin.
No Brasil, mais de 115 mil pessoas já tiveram suas íris escaneadas pela Worldcoin  |Foto: Reprodução/Stock Adobe

Como a Worldcoin opera no Brasil?

Em troca do procedimento, os participantes recebem uma quantia de tokens WLD, que podem ser sacados, utilizados como investimento ou convertidos em outras criptomoedas.

A iniciativa tem provocado discussões, principalmente em relação à privacidade e à segurança dos dados. Enquanto reguladores e especialistas em proteção de dados destacam os riscos associados ao armazenamento de informações biométricas, a empresa argumenta que sua tecnologia foi desenvolvida para garantir a proteção das identidades dos usuários.

Como investir com a criptomoeda?

A Worldcoin (WLD) pode ser obtida de duas maneiras principais, oferecendo opções tanto para quem deseja se envolver diretamente no projeto quanto para aqueles que preferem adquiri-la por meio de negociações em plataformas especializadas.

Essas alternativas foram desenvolvidas para atender a diferentes perfis de usuários, garantindo flexibilidade no acesso à criptomoeda.

1. Participação no projeto:

Uma das maneiras de obter os tokens WLD é se envolvendo diretamente no projeto da Worldcoin. Para isso, o primeiro passo é baixar o aplicativo oficial da criptomoeda, disponível para dispositivos móveis.

Após a instalação, o usuário deve criar um cadastro, fornecendo as informações solicitadas para configurar sua conta. Em seguida, é necessário comparecer a um dos pontos de atendimento autorizados, que contam com o dispositivo Orb, um equipamento desenvolvido para escanear a íris.

Esse procedimento permite que o sistema gere uma identidade digital única e descentralizada para o usuário, garantindo a segurança e autenticidade do processo. Com o cadastro completo e o escaneamento realizado, o usuário pode receber os tokens WLD como recompensa pela participação.

2. Compra em corretoras

Outra alternativa é adquirir a Worldcoin diretamente em corretoras que negociam o ativo. O processo começa com a escolha de uma corretora confiável e a pesquisa pela moeda dentro da plataforma. Após localizar a WLD, o usuário deve criar uma conta na corretora, fornecendo os dados necessários para habilitar sua conta e realizar transações.

Com a conta ativa, é possível definir o valor que deseja investir e adquirir a quantidade desejada de tokens WLD, seguindo as etapas de compra indicadas pela corretora. Essa opção é ideal para quem deseja acesso direto aos tokens sem passar pelo processo de escaneamento.

Vale a pena fazer esse tipo de investimento?

Investir na Worldcoin pode ser atrativo para aqueles que acreditam no conceito de identidade digital descentralizada e buscam explorar novas possibilidades no universo das criptomoedas. Contudo, é importante avaliar os riscos associados, especialmente no que diz respeito à regulação e à privacidade.

Antes de tomar a decisão de investir, é aconselhável:

  • Pesquisar mais sobre o projeto e seus propósitos;
  • Ficar atento às atualizações e regulamentações sobre a criptomoeda;
  • Diversificar os investimentos, a fim de reduzir os potenciais riscos.

Por que a Worldcoin ganhou tanta repercussão?

O projeto World, criado por Alex Blania e Sam Altman, CEO da OpenAI, tem como objetivo desenvolver um “passaporte de humanidade” chamado World ID. Esse passaporte usa o escaneamento da íris para distinguir pessoas de robôs e inteligências artificiais. Nesta semana, surgiram imagens no TikTok mostrando brasileiros em São Paulo dispostos a “vender a íris” por R$ 700, o que gerou debates e chamou atenção para o crescimento do projeto no Brasil.

Lançado em 2023, o projeto já tem mais de 100 mil usuários no Brasil em menos de dois meses, e 10 milhões de usuários no mundo inteiro. A ideia do World é usar essa tecnologia para registrar a íris dos participantes e criar uma identidade digital que comprove que a pessoa é humana. Isso é feito com um dispositivo chamado Orb, que escaneia a íris e gera o World ID.

Críticas e preocupações

O projeto tem crescido e se tornado mais conhecido, mas também tem gerado críticas e polêmicas. Autoridades de vários países estão preocupadas com a privacidade e a segurança dos dados biométricos coletados no registro dos usuários.

No Quênia, por exemplo, o governo decidiu suspender temporariamente o cadastro de novos usuários, preocupados com o uso indevido das informações pessoais. Na Espanha, a Suprema Corte também proibiu temporariamente o funcionamento do projeto, questionando a segurança na coleta dos dados biométricos.

A Tools for Humanity, empresa responsável pela Worldcoin, defende que o projeto é legítimo e tem objetivos claros. Eles afirmam que o registro da íris não é uma “venda” de dados, mas uma forma de incentivar os usuários com recompensas financeiras.

A empresa também vê o projeto como parte da evolução da internet para a Web3, um modelo no qual os dados dos usuários são compartilhados de forma recompensada, criando novas maneiras de interagir online.

Apesar de estar ganhando apoio em países com economias mais fracas, o projeto ainda enfrenta discussões sobre privacidade, segurança e ética, temas que podem influenciar seu futuro no mercado global de tecnologia.

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