O nome escolhido para a presidência do Banco Central é Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária
O economista Gabriel Galípolo, de 42 anos, foi o escolhido pelo presidente Lula para assumir o comando do Banco Central (BC). Desde o ano passado, Galípolo atua como diretor de Política Monetária e terá um mandato que durará três anos, de 2025 a 2028. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 28 de agosto, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Segundo o ministro, o nome de Galípolo seria encaminhado ao Senado ainda nesta quarta-feira. Haddad afirmou que os nomes dos novos diretores do BC ainda precisam ser discutidos.
“Hoje, ele [Lula] está encaminhando ao Senado Federal, ao presidente Pacheco e ao senador Vanderlan, presidente da CAE, o indicado para a presidência do Banco Central, que é Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do banco. E comunicar também que, a partir de agora, vamos começar a trabalhar nos três nomes que vão compor a diretoria do banco”, afirmou.
O que falta para Galípolo assumir o Banco Central?
Para que Galípolo assuma efetivamente, ele precisa ser aprovado pelo Senado Federal, porém, ainda não há data para que ocorra a sabatina. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a sabatina do Banco Central (BC) pode acontecer durante o chamado “recesso branco”, um período de 14 dias ao qual os parlamentares brasileiros têm direito. A declaração foi feita a jornalistas por meio de uma portaria do Ministério da Fazenda.
“Então, tudo está programado para uma conversa entre o Senado e o Planalto sobre a possibilidade de fazermos a sabatina durante esse período de recesso branco. Exatamente para evitar qualquer tipo de problema, mas, havendo a possibilidade da sabatina durante o recesso branco, é essa conversa que está sendo feita”, disse o ministro da Fazenda.
Quem é Gabriel Galípolo?
Gabriel Galípolo é um economista brasileiro que ganhou destaque na política econômica do país. Nascido em São Paulo, ele é graduado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e possui uma sólida formação acadêmica, incluindo pós-graduação e mestrado em Economia Política.
Galípolo construiu uma carreira significativa no setor financeiro, sendo presidente do Banco Fator, uma das mais tradicionais instituições financeiras do Brasil, onde liderou operações estratégicas e participou ativamente de discussões sobre a economia brasileira. Além de sua atuação no setor privado, ele se destacou como consultor econômico, sendo conhecido por sua visão crítica sobre a política monetária e o papel do Banco Central.
Em 2023, foi nomeado secretário executivo do Ministério da Fazenda, tornando-se o número dois na hierarquia da pasta sob a liderança do ministro Fernando Haddad. No governo, Galípolo se destacou por suas análises e participação em debates sobre a política econômica do país, incluindo as discussões sobre as reformas tributária e fiscal.