Saber quais são as cidades mais ricas do Brasil é um tópico muito curioso e muito pesquisado. Conforme o anúncio feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2021, 11 municípios correspondem por quase um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Ainda que os primeiros lugares podem parecer mais óbvios, como São Paulo, que tem 9,20% de participação na economia nacional, Rio de Janeiro, que vem logo a seguir, com 3,99%, Brasília, em terceiro, com 3,18%, seguidos de Belo Horizonte, Manaus e Curitiba, com pouco mais de 1% de participação cada.
Confira o ranking completo das cidades:
São Paulo lidera o ranking
São Paulo continua sendo a cidade com a maior economia do Brasil, com uma participação de 9,20% no PIB nacional. O município é um polo financeiro e comercial que abriga inúmeras empresas de diversos setores. Sua liderança no ranking não é surpresa, considerando a magnitude de suas atividades econômicas e a diversidade de serviços e indústrias presentes.
Rio de Janeiro e Brasília mantêm posições
O Rio de Janeiro ocupa a segunda posição, com 3,99% do PIB nacional. A cidade é um importante centro de negócios e turismo, além de ser um ponto crucial para a indústria do petróleo. Brasília, com 3,18%, está em terceiro lugar, destacando-se como a capital do país e um centro administrativo vital para a administração pública e serviços relacionados.
A ascensão surpreendente de Maricá
O destaque deste ano vai para Maricá, no Rio de Janeiro, que fez um salto impressionante na economia nacional. Em 2021, Maricá alcançou o 8º lugar no ranking do PIB, uma ascensão notável em relação ao 26º lugar ocupado em 2020 e ao 354º em 2002. Esse crescimento é impulsionado principalmente pela exploração de petróleo e gás. Em 2021, Maricá recebeu R$ 1,33 bilhão em royalties e R$ 1,55 bilhão em participações especiais das concessionárias de petróleo e gás natural.
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Osasco: crescimento acelerado
Osasco, na Grande São Paulo, também merece destaque por seu crescimento econômico. O município subiu para a 7ª posição, um avanço significativo em menos de dez anos. O sucesso de Osasco está relacionado à atração de grandes empresas de tecnologia, como Mercado Livre e Uber, que têm contribuído para o aumento da receita local e da criação de empregos.
Mudanças nas posições de outras cidades
Algumas cidades experimentaram uma diminuição na sua participação no PIB. Curitiba, por exemplo, caiu de 5º para 6º lugar, enquanto Porto Alegre passou do 6º para o 9º lugar. As mudanças refletem uma tendência de desconcentração econômica, com algumas capitais e grandes centros urbanos enfrentando desafios devido à pandemia de Covid-19 e à desaceleração econômica global.
Fatores que influenciam o desempenho econômico
O analista de Contas Regionais do IBGE, Luiz Antonio de Sá, explica que a perda de participação no PIB por algumas cidades está relacionada a diversos fatores. Em São Paulo e Porto Alegre, a diminuição foi impactada pelas atividades financeiras e de seguros. Brasília e Belo Horizonte enfrentaram uma redução devido à administração pública e à prestação de serviços. Já o Rio de Janeiro viu uma diminuição por causa de atividades profissionais e científicas.
Tendências e recuperações econômicas
Entre os 185 municípios analisados, 132 viram uma diminuição na sua participação no PIB, enquanto 53 aumentaram. Este cenário reflete uma recuperação econômica em algumas áreas que foram severamente afetadas pela pandemia. No entanto, mesmo com o crescimento nominal, muitos municípios ainda não recuperaram os níveis de participação no PIB que tinham antes da pandemia.
O ranking das maiores economias do Brasil revela um panorama dinâmico, com cidades tradicionais mantendo suas posições de destaque e outras, como Maricá, mostrando crescimento acelerado devido a fatores específicos, como a exploração de recursos naturais. As mudanças na economia nacional destacam a importância de fatores econômicos regionais e as tendências emergentes em diferentes setores.
