O Brasil se prepara para sediar três grandes eventos internacionais: a Cúpula do G20, a COP30 e a Cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O governo federal, por meio do ministro do Turismo, Celso Sabino, vê nessas ocasiões uma oportunidade única para impulsionar o turismo e reverter imagens negativas que por vezes foram associadas ao país, principalmente em questões relacionadas à segurança. Ao receber essas conferências de grande porte, o Brasil espera atrair milhões de turistas e reforçar sua imagem como um destino seguro e atraente.
G20 no Rio de Janeiro: uma chance de reverter estigmas
A primeira grande cúpula será o encontro do G20, previsto para novembro de 2024 no Rio de Janeiro. O evento reunirá chefes de Estado e ministros dos países mais influentes do mundo, representando 75% do Produto Interno Bruto (PIB) global.
Segundo Sabino, essa será uma oportunidade para ajustar a percepção global sobre o Brasil, especialmente sobre a capital fluminense, que por vezes é vista negativamente devido a questões de segurança pública.
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O governo pretende utilizar o G20 como uma vitrine para mostrar um Brasil seguro, capaz de sediar eventos globais de alta relevância. Um dos argumentos do ministro é que o país recentemente subiu 27 posições no ranking de países seguros para viajar da norte-americana Berkshire Hathaway, passando a ocupar o 15º lugar mundial e o 1º na América do Sul.
Essa melhoria na percepção do Brasil como destino seguro deve atrair ainda mais turistas, segundo a avaliação da pasta. Para Sabino, “o Brasil é um país com estabilidade social, paz urbana e uma economia crescente”, fatores que tornam o país cada vez mais atraente para investidores e visitantes internacionais.
COP30 em Belém: impulso para o ecoturismo na Amazônia
Além do G20, o Brasil também será palco da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, em 2025, que acontecerá em Belém, no estado do Pará. Esse evento tem um grande potencial de promover o ecoturismo, pois ocorrerá na maior floresta tropical do mundo, a Amazônia.
A COP30 coloca o Brasil em uma posição privilegiada para demonstrar suas iniciativas ambientais e políticas de preservação. Sabino e outros membros do governo apostam que a conferência será uma vitrine para o turismo sustentável na região, destacando as belezas naturais da Amazônia e atraindo visitantes interessados em experiências ecológicas e de preservação ambiental.
Além disso, Belém e outras regiões amazônicas deverão se beneficiar economicamente, com o aumento da procura por pacotes turísticos focados em ecoturismo e atividades sustentáveis. A expectativa é que a visibilidade internacional durante a COP30 reforce o papel do Brasil como líder em questões ambientais e promova um crescimento do turismo ecológico nos anos seguintes.
Cúpula dos Brics: oportunidades em 2025
No ano seguinte à COP30, o Brasil assumirá a presidência do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). A cúpula do grupo será realizada no país em 2025, e o governo planeja continuar a estratégia de promoção turística iniciada com o G20 e a COP30.
Embora os detalhes da Cúpula dos Brics ainda não tenham sido divulgados, a presença de líderes e representantes das maiores economias emergentes do mundo reforça a importância de sediar eventos que coloquem o Brasil no cenário global. A reunião dos Brics será uma continuação do esforço do governo para atrair mais turistas e ampliar a presença do Brasil no mapa do turismo internacional.
O impacto econômico esperado
Com a realização desses três eventos de grande porte, o governo brasileiro espera aumentar significativamente o número de turistas estrangeiros no país. A meta é ambiciosa: até 2027, o Brasil pretende receber mais de 10 milhões de turistas ao ano. Para isso, o governo está investindo em infraestrutura, segurança e marketing internacional, visando reposicionar o país como um destino turístico de destaque.
Além de reforçar a imagem do Brasil no exterior, a vinda de milhões de turistas trará impactos econômicos positivos, incluindo a geração de empregos no setor de turismo, aumento na ocupação da rede hoteleira e maior movimentação no comércio e na indústria de serviços.
De acordo com o Ministério do Turismo, o setor representa uma parte significativa do PIB brasileiro, e seu crescimento pode ajudar a impulsionar a economia de forma geral.
Nova era para o turismo brasileiro
Os eventos internacionais que o Brasil sediará nos próximos anos, como o G20, a COP30 e a Cúpula dos Brics, representam uma oportunidade estratégica para o país consolidar sua posição como um destino turístico seguro, atraente e sustentável.
O governo está confiante de que esses encontros terão um impacto duradouro, não apenas na percepção global sobre o Brasil, mas também no aumento do fluxo de turistas e no fortalecimento da economia.
O desafio agora é garantir que o país esteja preparado para receber com excelência esses eventos, apresentando melhorias em segurança, infraestrutura e serviços. Caso consiga, o Brasil poderá viver uma nova fase no turismo, com mais visitantes internacionais e um setor ainda mais fortalecido.