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Pesquisa aponta o Brasil como o 2º maior mercado de pagamentos instantâneos do mundo

O Brasil se destaca como o segundo maior mercado de pagamentos instantâneos do mundo, com 14% de todas as transações globais, ficando atrás apenas da Índia, que representa 49% dessas operações. Outros países listados incluem a Tailândia (8%), China (7%) e Coreia do Sul (3%).

Esses dados são provenientes do relatório “Prime Time for Real-Time 2024”, desenvolvido pela ACI Worldwide, uma empresa de software de pagamentos em tempo real, em parceria com a GlobalData, especializada em análise e dados globais. O estudo foi divulgado recentemente.

No Brasil, em 2023, os pagamentos em tempo real atingiram um recorde de 37,4 bilhões de transações, após um aumento de 77,9%. Globalmente, as transferências em tempo real aumentaram 42,2% para 266,2 bilhões.

Vlademir Santos, líder da ACI Worldwide no Brasil, observa que países desenvolvidos com soluções semelhantes ao Pix não se destacam na lista devido à adesão voluntária das empresas, o que torna a implementação mais lenta. Nos países em desenvolvimento, os pagamentos instantâneos têm sido impulsionados pela redução de custos e pela aceleração da bancarização.

Segundo a ACI Worldwide, em média, cada brasileiro realizou 19 transferências via Pix por mês no ano passado, e espera-se que esse número aumente para 56,8 em 2028. Na Índia, a média foi de dez transações instantâneas por mês em 2023, com expectativa de chegar a 18 em quatro anos. Na Tailândia, onde os consumidores fizeram em média 28,4 transações por mês por pessoa, espera-se que esse número suba para 44,9 em 2028.

Globalmente, espera-se que 575,1 bilhões de pagamentos sejam instantâneos este ano, representando 27,1% de todos os pagamentos eletrônicos.

“Apesar de ter tanta gente já usando o Pix, esperamos que o uso seja para muitas outras finalidades, com maior uso de leitura de QR Code, novos produtos, agregação dentro de outras formas de consumo. A previsão é que o Brasil seja o país com maior uso per capita do mundo, com atuação efetiva do BC discutindo a experiência do usuário”, Vlademir Santos, líder da ACI Worldwide no Brasil

O desafio das fraudes

Enfrentar as fraudes é um desafio significativo no cenário dos pagamentos instantâneos. Apesar da vantagem de ser mais fácil rastrear o dinheiro em transações digitais, os criminosos estão recorrendo à engenharia social para enganar as pessoas e obter acesso aos seus dispositivos.

Um exemplo comum é quando alguém recebe uma mensagem de texto de um número que aparentemente pertence a um amigo ou conhecido, solicitando dinheiro. A pessoa, confiando na suposta identidade do remetente, realiza a transferência, apenas para descobrir mais tarde que foi vítima de um golpe.

Recentemente, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, abordou esse desafio durante um evento no Insper, em São Paulo. Ele mencionou que dois terços das fraudes ainda estão relacionadas aos meios de pagamento, superando as fraudes com cartão de crédito.

No entanto, ele expressou confiança de que o problema pode ser combatido por meio do rastreamento mais eficaz das transferências e um controle mais rigoroso das contas.

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