Levantamento apontou que em média, para estar no top 5 do brasileirão é necessário uma renda acima dos R$ 464 milhões
O futebol brasileiro tem passado por um momento de transformação financeira, já que cada vez mais o dinheiro circulando no futebol é maior. Segundo o relatório da Consultoria Convocados – feito em parceria com a Galapagos Capital e a Outfield, nos últimos 11 anos, a receita média para se estar no top 5 do Brasileirão variou de R$ 464 milhões a R$ 549 milhões.
O levantamento indica que clubes com menos de R$ 170 milhões de reais de faturamento têm uma forte tendência ao rebaixamento. Além disso, há dois blocos intermediários: do 15º ao 11º, com uma renda média que varia entre R$ 206 milhões e R$ 257 milhões, e do 10º ao 6º, com uma renda média que varia entre R$ 325 milhões e R$ 384 milhões.
Números do futebol brasileiro
O relatório teve como ano-base 2022 e mostrou que, naquele ano, somente os clubes brasileiros que disputam a 1ª divisão tiveram uma arrecadação de R$ 6,9 bilhões. Se forem incluídos os números de receita dos clubes que disputam a 2ª divisão do Brasileirão, a soma chega à casa dos R$ 8 bilhões. As três principais receitas foram de Flamengo, Palmeiras e Corinthians, respectivamente.
Por outro lado, as dívidas dos clubes atingiram um valor de R$ 10 bilhões, um crescimento de 8,9% em comparação com o ano de 2021. Já os custos com salários foram de R$ 3,4 bilhões, e os de contratações foram de R$ 1,3 bilhão.
Os analistas afirmam que há um crescimento lento e gradual das receitas, sem um salto repentino nas arrecadações. Além disso, há uma necessidade de diminuir a dependência das receitas geradas pelo desempenho esportivo nas competições, já que isso gera um incentivo ao gasto desenfreado e impacta o fluxo de caixa.