Esse indicador serve para demonstrar em qual ritmo está indo a economia
Dentre os termos econômicos mais comuns, um deles se destaca pela presença constante nos noticiários do mundo todo, principalmente quando se trata da atividade econômica de um país: o Produto Interno Bruto (PIB). No Brasil, o responsável por calcular este indicador é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulga os dados a cada três meses.
O que é o PIB?
Segundo o IBGE, ele é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente medido em um ano. Todos os países, cidades e estados calculam o seu Produto Interno Bruto nas suas respectivas moedas; no caso do Brasil, em reais.
Esse número é usado para indicar como está a economia de uma determinada região. Ou seja, quanto maior for o PIB, mais aquecida está a produção de recursos. Porém, caso o indicador esteja negativo, pode representar um sinal de alerta, demonstrando inclusive uma possível recessão econômica, que é um período de encolhimento monetário.
Uma confusão muito comum é as pessoas entenderem o PIB como um estoque de todo o valor que existe na economia, funcionando como um tesouro nacional. Na realidade, o PIB é um indicador de fluxo de novos bens e serviços finais produzidos durante um período. Se um país não produzir nada em um ano, o seu PIB será nulo.
Como é calculado o PIB?
O cálculo do PIB serve para evitar a dupla contagem dos bens finais produzidos por uma determinada região, levando em consideração somente os itens que chegam até o consumidor.
O dono de uma padaria compra farinha por R$ 20 e açúcar por R$ 10. Depois de assar bolos vendidos por R$ 30 cada, o valor adicionado à farinha é de R$ 10 e ao açúcar é de R$ 20. Assim, o PIB da padaria seria de R$ 30, a soma dos valores adicionados em cada ingrediente.
Nesse caso, os produtos intermediários (farinha e açúcar) não são somados na hora de calcular o PIB. Essa mesma lógica vale para todos os produtos e serviços que circulam na economia.
Para realizar o cálculo, o IBGE leva em consideração algumas métricas produzidas por ele mesmo e outras externas. Veja quais são elas:
- Balanço de Pagamentos (Banco Central)
- Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica – DIPJ (Secretaria da Receita Federal)
- Índice de Preços ao Produtor Amplo – IPA (FGV)
- Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA (IBGE)
- Produção Agrícola Municipal – PAM (IBGE)
- Pesquisa Anual de Comércio – PAC (IBGE)
- Pesquisa Anual de Serviços – PAS (IBGE)
- Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF (IBGE)
- Pesquisa Industrial Anual – Empresa – PIA-Empresa (IBGE)
- Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física – PIM-PF (IBGE)
- Pesquisa Mensal de Comércio – PMC (IBGE)
- Pesquisa Mensal de Serviços – PMS (IBGE)
Análises feitas a partir do PIB
A partir do resultado obtido no Produto Interno Bruto, é possível fazer algumas análises importantes para a economia, como um comparativo anual interno, para entender quais são as tendências monetárias nos próximos anos. Além da comparação interna, a comparação externa também é importante para entender os tamanhos das economias ao redor do planeta.
Outro ponto relevante é entender o PIB per capita, que é a divisão das riquezas produzidas pelo número de habitantes. Ele ajuda a medir quanto cada pessoa teria se todos no local recebessem em partes iguais.
No entanto, apesar de importante, o PIB não é a única forma de medir o desenvolvimento de um país, cidade ou estado. Fatores como distribuição de renda, qualidade de vida, educação e saúde também devem ser levados em consideração.