IPCA é o maior para o mês de julho desde 2021, com 0,38%, acumulando uma inflação de 4,5% em 12 meses
No mês de julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação, registrou alta de 0,38%, um aumento de 0,17% em relação a junho (que fechou em 0,21%). De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os principais “vilões” foram a gasolina, com aumento de 3,15%, e as passagens aéreas, que subiram 19,39%.
Outro fator que contribuiu para o resultado de julho foi o custo das tarifas de energia elétrica residencial, que aumentaram 1,93%. No acumulado do ano, o IPCA registra uma alta de 2,87%, e nos últimos 12 meses, acumula 4,50%, índice superior ao registrado nos 12 meses imediatamente anteriores.
Itens analisados pelo índice de inflação
Em julho, houve alta nos preços em sete dos nove grupos de produtos e serviços analisados pelo IBGE. A maior variação, com 1,82%, e também o maior impacto, 0,37%, vieram do setor de transportes, seguido pela habitação, com alta de 0,77% e impacto de 0,12%.
Na contramão, os preços de alimentação e bebidas recuaram 1% no mês de julho, gerando o principal impacto negativo no IPCA, com -0,22%. Dentro desse grupo, a alimentação no domicílio caiu 1,51%. Os principais itens em queda foram tomate (-31,24%), cenoura (-27,43%), cebola (-8,97%), batata inglesa (-7,48%) e frutas (-2,84%).
Nos 16 locais onde o IBGE realizou o levantamento de preços para a publicação do IPCA, as maiores altas foram registradas em São Luís e Rio Branco, ambas com 0,53%, influenciadas principalmente pela alta da gasolina, com 5,78% e 2,43%, respectivamente.