Ações brasileiras atingem US$ 592 milhões de investimento em agosto

No mesmo período do ano passado, o saldo de investimento em ações ficou negativo em US$ 2,2 bilhões

O investimento estrangeiro em ações brasileiras foi positivo em US$ 592 milhões em agosto, conforme divulgado pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira, 25 de setembro. Em 2023, o resultado no mesmo período havia sido negativo, com uma saída de US$ 2,2 bilhões.

Dólar - Simone Biles - PIB - Ações
Agosto representa melhora no investimento estrangeiros nas ações brasileiras – Foto: Reprodução/Banco de imagens

O investimento líquido em fundos de investimento no Brasil também foi positivo, alcançando US$ 23 milhões. No ano anterior, o saldo foi negativo, com US$ 113 milhões de saídas. Já nos títulos de renda fixa negociados no país, o investimento permaneceu positivo, atingindo US$ 1,9 bilhão, superior aos US$ 1,5 bilhão registrados no ano passado.

Em 2024, até agosto, o investimento estrangeiro acumulado em ações brasileiras registra saldo negativo de US$ 8,5 bilhões. Em contraste, o investimento em fundos de investimento registra entrada líquida de US$ 1,3 bilhão, enquanto o saldo em títulos de renda fixa negociados no Brasil é positivo, somando US$ 6,3 bilhões.

Passo a passo para investimento estrangeiro em ações

  1. Escolha do representante legal, fiscal e do custodiante: Instituições financeiras autorizadas pela CVM e pelo Banco Central podem exercer a função de custodiante, bem como atuar como representantes legais e fiscais de investidores estrangeiros.
  2. Contrato com o custodiante: O custodiante assina um contrato com o investidor e solicita informações detalhadas conforme a legislação brasileira, aplicando as normas de “Know Your Customer” (KYC).
  3. Código operacional e CNPJ: O custodiante solicita à CVM o código operacional do investidor. Em até 24 horas, a CVM libera o código e, simultaneamente, requisita à Receita Federal a emissão de um CNPJ para o investidor, que será usado para fins tributários.
  4. Registro de recursos no Banco Central: Os recursos investidos no Brasil precisam ser registrados no Banco Central por meio do Registro Declaratório Eletrônico (RDE). O registro inicial e suas atualizações são obrigatórios para qualquer movimentação com o exterior e devem ser realizados antes do início das operações. O representante é o responsável por efetuar o registro dessas operações.
  5. Escolha de uma corretora: O investidor deve escolher uma corretora, que será sua representante na B3 e ficará responsável por executar suas ordens de compra e venda.

Ibovespa em queda

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), registrou queda na última segunda-feira, 23 de setembro, encerrando o dia com uma leve retração de 0,24%. Por volta das 15h30 (horário de Brasília), o índice estava em 130.751,44 pontos, após oscilar entre uma máxima de 131.065,44 pontos e uma mínima de 130.099,62 pontos.

A queda reflete a cautela dos investidores diante das incertezas econômicas globais e dos fatores internos que afetam o país. As flutuações no Ibovespa demonstram instabilidade, exigindo atenção às decisões econômicas futuras e aos indicadores que podem influenciar o mercado financeiro nos próximos dias.

Como surgiu a bolsa de valores no Brasil?

A Bolsa de Valores no Brasil foi criada em 1890, com o surgimento da Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo, posteriormente conhecida como Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O desenvolvimento da bolsa foi impulsionado pelo crescimento da economia brasileira no final do século XIX, principalmente pelo aumento do comércio de café e pela expansão dos investimentos em infraestrutura, como ferrovias e serviços públicos.

Diferença com o mercado estadunidense é gritante - Foto: Reprodução/Banco de Imagens ibovespa
Diferença de tamanho do mercado brasileiro com o estadunidense é considerável – Foto: Reprodução/Banco de Imagens ibovespa

No início, as negociações eram voltadas principalmente para títulos da dívida pública. No entanto, com o tempo, as ações de empresas privadas começaram a ser incluídas, o que contribuiu para o desenvolvimento do mercado de capitais no Brasil.

Ao longo do século XX, a bolsa passou por diversas transformações, como fusões e mudanças na regulamentação. Nos anos 2000, a Bovespa se consolidou como a principal bolsa de valores do país, especialmente após a fusão com a BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) em 2008, criando a BM&FBovespa.

Em 2017, uma nova fusão com a Cetip resultou na criação da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), que se tornou o centro financeiro do mercado de capitais brasileiro, concentrando a negociação de ações, derivativos e outros ativos financeiros no país.

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