Setor da construção puxa resultados do PIB para cima no 2° trimestre

O crescimento da área entre abril e junho foi de 4,4% em relação ao trimestre anterior

Um dos principais destaques do Produto Interno Bruto (PIB), que cresceu 1,4% em relação ao trimestre anterior, foi a indústria, que apresentou uma expansão de 1,8%, impulsionada por diversos fatores. Entre eles, destaca-se o crescimento do setor de construção, que avançou 4,4% entre os meses de abril e junho, em comparação com o trimestre anterior.

PIB - Construção
Setor da construção foi um dos principais destaques do trimestre – Foto: Reprodução

Segundo a coordenadora das Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis, esse bom resultado pode ser explicado por diversos fatores.

“Na construção, temos o aumento de crédito, os juros um pouco mais baixos, os programas governamentais que incentivam essa área, e a questão do período eleitoral (cujos investimentos só poderiam ser feitos até junho)”, explicou a coordenadora.

Além da construção, as Indústrias de Transformação (que transformam matéria-prima em produtos finais ou intermediários) registraram a segunda alta consecutiva, de 3,6%, e as Indústrias Extrativas cresceram 1%.

Consumo também impacta o PIB

O consumo das famílias aumentou 4,9% no segundo trimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse índice foi impulsionado pela alta do emprego e pela massa salarial, afirmou Rebeca em uma entrevista coletiva após a divulgação dos resultados do PIB.

Alguns dos fatores que impactaram o crescimento foram a expansão dos programas sociais de transferência de renda, o crescimento de 11% no crédito e a redução das taxas de juros no país.

Previsão de crescimento

No último Relatório Focus, divulgado na segunda-feira, 2 de setembro, as expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) foram revisadas para cima, indicando um crescimento maior para 2024 em comparação com a análise publicada na semana anterior.

As projeções apontam para um aumento de 2,46% neste ano, valor superior ao da semana passada. Em comparação com o mesmo período do mês passado, a previsão também segue maior, com os indicadores mostrando um crescimento de 2,15%.

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