Saiba como transformar as vendas da Black Friday em fidelização de clientes e aumento de lucros a longo prazo
As grandes promoções, como a Black Friday, têm um impacto significativo no comportamento do consumidor, criando um ambiente de compra impulsiva e altamente competitivo. Segundo estudos recentes, mais de 60% dos consumidores compram por impulso durante esses eventos, atraídos por descontos agressivos e estratégias de marketing digital. No entanto, as empresas enfrentam um grande desafio para converter esses clientes eventuais em consumidores fiéis a longo prazo.

Intenção de compra na Black Friday?
Com a proximidade da Black Friday, empreendedores e lojistas virtuais encontram uma excelente oportunidade de maximizar suas vendas e fortalecer suas marcas no competitivo ambiente digital.
Uma pesquisa conduzida pelo Google aponta que, em 2024, 62% dos brasileiros pretendem fazer alguma compra durante a Black Friday. Os dados também revelam um crescimento de 13% no primeiro semestre de 2024 na procura por categorias de produtos, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A pesquisa E-commerce Trends 2024, realizada pela Octadesk em parceria com o Opinion Box, indica que 85% dos brasileiros realizam ao menos uma compra online por mês, e 62% dos consumidores fazem entre duas e cinco compras mensais pela internet.
Papel do marketing nas vendas
O marketing digital desempenha um papel crucial na atração de consumidores durante esses períodos. Com a proliferação de anúncios segmentados e o uso de influenciadores, os compradores são bombardeados com ofertas personalizadas que maximizam as chances de conversão.
Um estudo da PwC revela que 76% dos consumidores confiam mais nas redes sociais para descobrir novas marcas, sendo o digital a principal via para impulsionar as vendas. Contudo, apesar da explosão nas vendas, o verdadeiro valor está na retenção pós-evento.
Para Bruno Cunha Lima, COO e sócio-fundador da Kipiai, a fidelização do consumidor é o grande diferencial que as marcas precisam focar. “Uma venda na Black Friday pode aumentar o faturamento, mas garantir que esse cliente continue a comprar ao longo do ano é o verdadeiro desafio. O sucesso a longo prazo vem de um relacionamento contínuo e uma experiência de compra superior”, analisa.
A construção desse relacionamento exige estratégias além do preço. Oferecer um atendimento eficiente, personalizar a experiência de pós-venda e criar programas de fidelidade são alguns dos caminhos para fortalecer a relação com o consumidor.
Segundo uma pesquisa da Bain & Company, aumentar a retenção de clientes em 5% pode elevar os lucros da empresa em até 95%. Isso mostra que a fidelização não é apenas um diferencial, mas uma necessidade no mercado competitivo atual.
Por isso, a Black Friday pode ser vista como uma porta de entrada, mas as empresas que mais se destacam são aquelas que conseguem manter o cliente engajado depois do evento.
As marcas devem investir em criar valor, não apenas por meio de descontos, mas também em experiências que façam o consumidor retornar, garantindo uma relação duradoura e lucrativa para ambos os lados.
Como surgiu Black Friday?
A origem da Black Friday remonta aos Estados Unidos, estando ligada ao dia seguinte ao feriado de Ação de Graças, celebrado na quarta quinta-feira de novembro. Essa data marca o início da temporada de compras natalinas e atrai milhões de consumidores devido aos grandes descontos oferecidos pelas lojas.
O termo “Black Friday” começou a ganhar popularidade nos anos 1960, na Filadélfia. Naquele período, a polícia local utilizava a expressão para descrever o caos causado pelo grande número de pessoas que tomava as ruas da cidade em busca das liquidações. O aumento do tráfego e o aglomerado de pedestres geravam uma situação confusa, exigindo maior esforço das autoridades.
Embora o termo inicialmente tivesse uma conotação negativa, os comerciantes passaram a ver a Black Friday como uma excelente oportunidade de atrair clientes. Além disso, muitos enxergavam a data como um ponto de virada nos lucros das lojas, que deixavam o “vermelho” (prejuízo) e passavam para o “preto” (lucro), graças ao aumento nas vendas.
No Brasil a data chegou em 2010 e, desde então, tornou-se um evento de grande relevância para o comércio, especialmente no ambiente online, onde os descontos costumam ser bastante atrativos.