Como a Selic alta impacta sua vida financeira em 2025?

A taxa Selic é um dos principais instrumentos utilizados pelo Banco Central para controlar a inflação no Brasil. Atualmente, com a Selic em níveis elevados, o impacto no bolso dos brasileiros é significativo, especialmente para quem precisa de crédito.

Mas como exatamente isso acontece e quais são as melhores alternativas para quem precisa de dinheiro sem cair em juros abusivos? Para responder essas perguntas, conversamos com Guilherme Casagrande, Educador Financeiro da Creditas.

Com um início de semana marcado pelo IPCA e um dia de menor movimentação no Japão, os investidores devem ficar atentos às tendências para os próximos dias, monitorando os impactos na bolsa de valores, no câmbio e nos investimentos | Foto: Reprodução/Canva

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Com a Selic alta, o custo do crédito aumenta e o impacto no orçamento dos brasileiros se torna ainda mais evidente | Foto: Reprodução/Canva

O que muda na vida do consumidor com a Selic alta?

Segundo Casagrande, mais importante do que entender o que muda com a alta da Selic é perceber o que já mudou. “Vale a pena dizer que a taxa Selic nada mais é do que uma forma de controlar a inflação no nosso país. Eu costumo dizer que ela é a melhor inimiga da inflação”, diz.

Quando a Selic sobe, o objetivo principal é reduzir a circulação de dinheiro na economia, o que contribui para frear a inflação.

“Quando a gente percebe os preços dos produtos subindo de alguma forma, porque a inflação está muito alta, a taxa Selic pode ser o antídoto para segurar essa inflação através da alta taxa de juros, de uma diminuição da circulação de dinheiro na economia e, consequentemente, então, uma queda de preços. Esse é o efeito que as altas da taxa básica de juros costumam causar na nossa economia.”

O impacto no crédito e no endividamento das famílias

A Selic também afeta diretamente o custo do crédito. “A gente percebe que empréstimos e financiamentos, de maneira geral, costumam se tornar um pouco mais caros e a contratação do crédito, nesse caso, precisa ser ponderada. Se a taxa básica de juros está alta, a gente precisa ter noção de que provavelmente vamos pagar um pouquinho mais caro pelo crédito também, justamente por ele estar custando mais caro no mercado como um todo”, explica Guilherme.

O brasileiro tem o hábito de comprar a prazo, seja no cartão de crédito, crediário ou carnê de loja, mas nem sempre avalia corretamente o impacto dos juros no orçamento e com isso, acabam se endividando usando créditos de má qualidade, cartão de crédito, comprando no crediário, os carnês que costumam ter taxas de juros elevadíssimas.

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O especialista explica que esse comportamento contribui para o alto nível de endividamento da população. “A gente está num cenário altíssimo de endividamento no nosso país. Cerca de quase 73 milhões de pessoas estão inadimplentes nesse momento, segundo os dados da Serasa”, afirma.

Segundo o especialista, estima-se que quase um terço dessas pessoas estão endividadas por conta de produtos de crédito, como cartão e empréstimos pessoais, então é importante evidenciar o alerta para essas situações.

Alternativas mais acessíveis de crédito

Mesmo com a Selic alta, existem opções mais vantajosas para quem precisa de crédito. O segredo, segundo Casagrande, é optar por modalidades que ofereçam menores taxas de juros: “Não é porque a taxa Selic está muito alta que a gente tem que fugir do crédito. Inclusive, o crédito pode ser absolutamente estratégico em momentos como esses. O que a gente precisa fazer é contratar o melhor crédito possível.”.

Nesse cenário, o crédito com garantia se destaca como uma das melhores opções. O crédito com garantia tem juros menores porque há um bem atrelado à operação, reduzindo o risco para o banco. Segundo o próprio Banco Central, a modalidade de crédito com garantia é a modalidade mais barata que a gente tem hoje no mercado financeiro brasileiro. “O baixo custo está relacionado ao fato de a pessoa que está precisando desse crédito ter alguma garantia”, finaliza.

Com a Selic alta, o custo do crédito aumenta e o impacto no orçamento dos brasileiros se torna ainda mais evidente. Para evitar o endividamento excessivo, é fundamental escolher bem as modalidades de crédito e evitar opções com juros elevados, como o cartão de crédito e o cheque especial. O crédito com garantia e o consignado surgem como alternativas mais baratas e seguras.

A educação financeira também é essencial para ajudar os consumidores a tomarem decisões mais inteligentes e evitarem armadilhas financeiras. Buscar conhecimento e planejar melhor as finanças, pode ser a chave para passar por esse momento econômico com mais segurança e tranquilidade.

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