Cinco institutos federais vão oferecer cursos de tecnologia para 5 mil mulheres a partir de 2025. O projeto faz parte do programa “Mulheres para a Tecnologia Brasileira”, uma parceria entre o Ministério da Educação (MEC) e a Huawei, empresa multinacional chinesa de equipamentos para redes e telecomunicações.
A empresa investirá R$ 5 milhões no projeto, e os cursos serão oferecidos pelos institutos federais da Paraíba (IFPB), Ceará (IFCE), Maranhão (IFMA), Piauí (IFPI) e Sergipe (IFSE).
As áreas de estudo incluem inteligência artificial, internet das coisas, computação em nuvem e empreendedorismo digital.
Além disso, as participantes receberão uma bolsa para ajudar a continuar nos cursos. Segundo o MEC, estudantes da rede federal terão prioridade nas vagas.
O objetivo do programa, apresentado na última quarta-feira (11) em João Pessoa (PB), é incentivar a presença de mulheres no setor de tecnologia, com foco em mulheres em situação de vulnerabilidade. Por isso, a bolsa-formação será oferecida às participantes.
A reitora do IFPB, Mary Roberta, afirmou que o projeto busca incluir as mulheres no mundo tecnológico, para que elas possam contribuir para a sociedade, ter seus conhecimentos valorizados e garantir que a perspectiva feminina esteja presente em todos os setores.
Outras iniciativas que incentivam o ensino de tecnologia no Brasil
Para quem deseja aprender mais sobre inteligência artificial, o curso IA para Todos é uma excelente oportunidade. Gratuito e online, ele é oferecido pela StartSe em parceria com o Movimento IA Brasil (IBM) e foi criado para ensinar os principais conceitos dessa tecnologia.
O curso aborda temas essenciais, como conceitos básicos de inteligência artificial, ética no uso da tecnologia e seus impactos sociais. Também apresenta exemplos práticos de como a IA é aplicada em diferentes áreas, mostrando suas muitas possibilidades.
De acordo com a StartSe, ao concluir o curso, os participantes poderão aplicar o conhecimento em atividades acadêmicas, profissionais ou até mesmo no cotidiano, facilitando a solução de problemas e a organização de tarefas pessoais.
As inscrições podem ser feitas no site oficial do curso. Não é necessário ter conhecimento prévio, e pessoas de todas as idades podem participar, o que torna o curso acessível a todos. O objetivo é capacitar um milhão de brasileiros, preparando a sociedade para as mudanças tecnológicas.
O curso faz parte do Movimento IA Brasil, que busca ampliar o conhecimento sobre tecnologia entre trabalhadores e empresas no país. Além da IBM, o projeto conta com apoio de organizações como Junior Achievement, CIEE Rio Grande do Sul e Patrus Transportes, o que reforça seu impacto na educação.
Em 2024, a inteligência artificial foi um dos temas mais buscados no Google, superando tópicos como “barbeiro profissional” e “adestramento de cães”. Esse aumento nas buscas mostra o crescente interesse da população em entender essa tecnologia.
Como a inteligência artificial está mudando a educação no Brasil?
O uso da IA no aprendizado tem se tornado cada vez mais popular entre os estudantes brasileiros.
Uma pesquisa realizada pelo Passei Direto, a maior rede de estudos da América Latina, mostrou que a porcentagem de estudantes que usam ferramentas de IA cresceu de 30% em julho para 35,3% em outubro de 2024.
Esse crescimento de 5,3% em apenas quatro meses mostra como a tecnologia está sendo rapidamente adotada na educação.
A pesquisa, que contou com milhões de usuários da plataforma, revelou que os estudantes usam a IA para estudar com mais eficiência e otimizar o tempo, com recursos como criação de resumos, correção de textos e elaboração de simulados.
Principais usos da IA entre os estudantes
A funcionalidade mais utilizada foi a criação de resumos. Em julho e agosto, 27% dos estudantes relataram usar a IA para resumir conteúdos complexos, e esse número subiu para 31% em setembro. Isso mostra a necessidade de organizar os estudos e revisar os assuntos mais importantes.
A correção gramatical também foi apontada como uma das principais aplicações, com 19% dos estudantes utilizando essa função.
Esse recurso tem ajudado na produção de textos acadêmicos, garantindo maior qualidade e menos erros.
Outro uso importante foi a criação de exercícios e simulados, utilizada por 14% dos estudantes entre julho e outubro.
Carolina Gatti, diretora de Marketing do UOL EdTech, explicou que a popularidade da IA entre os estudantes está transformando a forma de aprender.
Segundo ela, a inteligência artificial deixou de ser algo distante e já faz parte da rotina de estudos, ajudando a economizar tempo e a compreender conteúdos mais difíceis.
Ed, a IA do Passei Direto: um aliado nos estudos
Em 2024, o Passei Direto deu um grande passo ao lançar sua própria ferramenta de inteligência artificial, chamada Ed.
Disponível para os usuários Premium, o Ed pode responder a perguntas sobre diversos assuntos, desde cálculos avançados até análises literárias, oferecendo um suporte direto e personalizado.
Essa ferramenta mostra como a IA está cada vez mais presente na educação. Carolina Gatti afirmou que o uso dessas tecnologias pelos estudantes representa uma mudança importante no cenário educacional.
Ela acredita que, no futuro, o uso dessas ferramentas deve crescer ainda mais, ajudando os alunos a melhorar o aprendizado e o desempenho nos estudos.
Impacto e o que esperar do futuro
Mesmo com apenas quatro meses de pesquisa, os resultados mostram como a IA pode transformar o aprendizado.
Essas ferramentas estão ajudando não só a organizar os estudos, mas também a melhorar o acesso à informação e desenvolver habilidades essenciais.
Desde 2012, o Passei Direto se firmou como uma plataforma importante para estudantes e produtores de conteúdo, oferecendo materiais sobre diversas áreas do conhecimento.
Hoje, com 36 milhões de usuários no Brasil, a rede faz parte do ecossistema de educação digital do UOL EdTech, sendo um dos principais nomes na transformação digital da educação.
Desafios e equilíbrio no uso da IA
Apesar das vantagens, o uso crescente de ferramentas de inteligência artificial levanta algumas dúvidas. Até que ponto a dependência dessas tecnologias pode afetar a capacidade crítica dos estudantes? Para especialistas, a chave é encontrar um equilíbrio.
Ferramentas como Ed e outras tecnologias devem ser usadas como apoio, e não como substitutas do esforço individual.
Segundo a pesquisa do Passei Direto, para 35,3% dos estudantes, a IA já é essencial. Com o aumento do acesso, é provável que cada vez mais alunos passem a utilizá-la, tornando a IA uma parte fundamental da educação.
Com o avanço rápido da tecnologia, é importante que os estudantes aprendam não apenas a usar as ferramentas de IA, mas também a analisar e questionar as informações geradas.
Assim, a inteligência artificial pode ser um recurso valioso para a educação, sem comprometer o aprendizado independente.
Leia também: Educação, negócios e saúde lideram pós-graduações, diz Vitru