Olimpíadas de Foguetes e de Astronomia estão com inscrições abertas

As inscrições para a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e para a Olimpíada Brasileira de Foguetes (OBF) já começaram. As competições são uma oportunidade para os estudantes aprenderem sobre o espaço e a ciência de maneira divertida e interativa. O objetivo é despertar o interesse dos jovens nesses temas e incentivar o aprendizado com atividades práticas e envolventes.

Olimpíada de Astronomia e Foguetes incentiva estudantes brasileiros.
Os estudantes que se destacam nos níveis mais avançados da OBF são convidados para as Jornadas de Foguetes |Foto: Reprodução/Freepik

As escolas que quiserem participar precisam se cadastrar até o dia 1º de maio no site oficial do evento. A OBA é voltada para alunos do ensino fundamental e médio, que fazem uma prova com 10 questões: sete sobre astronomia e três sobre astronáutica. A prova será no dia 16 de maio e tem quatro níveis de dificuldade, conforme a série do aluno. Os estudantes que tiverem os melhores resultados podem ser selecionados para representar o Brasil em competições internacionais.

Já a Olimpíada Brasileira de Foguetes (OBF) tem um formato mais prático. Os participantes devem construir e lançar seus próprios foguetes, usando materiais simples como canudos, garrafas PET e tubos de PVC, dependendo da categoria em que estão inscritos. Podem participar alunos do ensino fundamental, médio e até universitários. O desempenho é medido pela distância que o foguete consegue percorrer, e os professores ficam responsáveis por registrar os resultados no sistema oficial da competição.

Os estudantes que se destacam nos níveis mais avançados da OBF são convidados para as Jornadas de Foguetes, um evento especial que acontece em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro. Lá, os participantes assistem a palestras, participam de oficinas, observam o céu com telescópios e visitam um planetário.

Participar dessas olimpíadas é uma oportunidade para aprender, conhecer pessoas de diferentes regiões do Brasil e se inspirar para seguir carreiras na área científica. A OBA e a OBF são organizadas pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e pela Agência Espacial Brasileira (AEB) e já envolveram milhares de estudantes em todo o país.

Essas competições são muito importantes porque ajudam a despertar o interesse pela ciência, estimulam a criatividade e o raciocínio lógico, além de incentivar os alunos a resolverem desafios de forma prática. Os professores e as escolas também desempenham um papel essencial ao apoiar os estudantes nessa jornada, pois essa experiência pode abrir portas para oportunidades acadêmicas e profissionais no futuro.

Se você gosta de desafios e quer aprender mais sobre o universo de um jeito diferente, essa é a sua chance! As inscrições vão até o dia 1º de maio. Procure sua escola e participe desses eventos incríveis que estão revolucionando o ensino de ciência e tecnologia no Brasil.

Brasileiros notáveis na ciência

Thaisa Bergmann

A astrônoma foi reconhecida com o prêmio For Women in Science por sua pesquisa sobre buracos negros supermassivos. Ela foi a pioneira na observação de um disco de acreção — estrutura de poeira e gás que se forma ao redor dos buracos negros — em uma galáxia anteriormente considerada inativa.

Marcelo Gleiser

Professor de física, astronomia e filosofia natural no renomado Dartmouth College, nos Estados Unidos, Marcelo Gleiser é um dos mais influentes divulgadores científicos do Brasil. Seja por meio do Twitter ou de colaborações em veículos de comunicação como a Folha de S. Paulo, ele compartilha sua visão sobre ciência. Em livros como A Simples Beleza do Inesperado, ele reflete sobre a existência humana como parte essencial do universo.

Miguel Nicolelis

Reconhecido pela Scientific American como um dos 20 cientistas mais influentes do mundo na última década, Miguel Nicolelis tem um trabalho extenso e inovador. Um dos seus feitos mais notáveis foi o desenvolvimento do mecanismo que permitiu a um paraplégico dar o primeiro chute na Copa do Mundo de 2014, no Brasil.

Suzana Herculano-Houzel

A neurocientista ganhou destaque internacional ao quantificar o número de neurônios no cérebro humano: 86 bilhões. A técnica inovadora, que consistiu em dissolver tecidos cerebrais em uma solução homogênea para possibilitar a contagem das células, nunca havia sido concebida antes. Atualmente, ela conduz suas pesquisas na Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos.

Artur Ávila

Primeiro brasileiro a conquistar a Medalha Fields — considerada o “Nobel” da matemática —, Artur Ávila também foi o primeiro latino-americano e falante da língua portuguesa a receber essa honraria. Especialista em sistemas dinâmicos, o matemático divide suas atividades entre o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), no Brasil, e o Centro Nacional de Pesquisa Científica, na França, demonstrando a relevância da matemática brasileira no cenário global.

Duília de Mello

A astrofísica acumula conquistas impressionantes no campo da astronomia. Trabalhando no prestigiado Goddard Space Flight Center (GSFC), da NASA, enquanto analisava imagens do telescópio Hubble, ela identificou uma supernova e o fenômeno das “bolhas azuis” — aglomerados estelares isolados no espaço intergaláctico. Atualmente, é vice-reitora da Universidade Católica da América e mantém sua atuação como pesquisadora associada da NASA, promovendo a ciência e incentivando a participação de meninas em carreiras científicas e tecnológicas.

Marcelo Viana

Diretor do Impa, Marcelo Viana foi agraciado, em 2016, com o Grand Prix Scientifique Louis D., o mais importante prêmio científico da França, por um estudo desenvolvido em parceria com François Labourie, da Universidade de Nice. Seus trabalhos sobre sistemas caóticos destacam a contribuição dos matemáticos brasileiros para a compreensão da Teoria do Caos.

Celina Turchi

Celina Turchi foi uma peça-chave na descoberta da relação entre o vírus da Zika e a microcefalia. Seu trabalho a colocou entre os 10 cientistas mais influentes do ano pela revista Nature, em 2016, e na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo pela Time, em 2017.

Niède Guidon

A arqueóloga teve um papel fundamental na exploração do sítio arqueológico de Coronel José Dias, no Piauí. Suas descobertas desafiaram a visão predominante sobre a chegada do ser humano ao continente americano, já que alguns dos artefatos encontrados por sua equipe possuem cerca de 58 mil anos — muito mais antigos do que os 15 mil anos antes estimados.

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