Ônibus emitem 8 vezes menos poluentes que carros

Dados apontam que os ônibus emitem, significativamente, menos poluentes que os carros e são uma das opções de transporte mais seguras

Os carros emitem oito vezes mais poluentes do que os ônibus, segundo dados da Associação Nacional de Empresas de Transportes Urbanos (NTU) atualizados em agosto de 2024. A Paraty Mobilidade, por exemplo, transporta em média 19 mil pessoas diariamente em Araraquara-SP, com uma frota de mais de 400 ônibus. Esses veículos atuam tanto no transporte de passageiros quanto na mobilidade urbana. Além de poluírem menos o meio ambiente, os ônibus também são considerados uma das formas mais seguras de transporte.

Ônibus
Ônibus tem perdido a preferência dos brasileiros – Fotos: Reprodução/Canva

Os dados da NTU, associados a informações do Ministério da Saúde, indicam que o maior índice de acidentes e mortes no trânsito envolve motociclistas (36,37%), seguidos por carros (20,73%), pedestres (15,72%), ciclistas (4,15%), caminhões pesados (2,31%) e caminhonetes (0,72%). Já os ônibus, que transportam um terço da população, são responsáveis pelo menor índice de mortes no trânsito: 0,32%.

A pesquisa de Mobilidade da População Urbana, realizada pela Confederação Nacional de Transporte (CNT) e publicada em agosto de 2024, reforça a importância do transporte coletivo para a sustentabilidade. Os dados evidenciam que a maior contribuição para as emissões de CO2 provém dos carros, enquanto os ônibus já contam com tecnologia para minimizar seus impactos no meio ambiente.

Cada vez mais, torna-se necessário que as cidades priorizem o transporte coletivo no planejamento urbano. Quando se trata dos ônibus, que transportam um terço da população, é essencial a criação de políticas públicas que otimizem o trânsito, como as faixas exclusivas, para que não precisem compartilhar espaço com os carros.

Ônibus têm perdido passageiros para carros de aplicativo

Dados divulgados pela pesquisa Mobilidade da População Urbana, da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), apontam que o ônibus é o meio de transporte mais utilizado pelos brasileiros, com 30,9%. Em seguida, pelo carro próprio, com 29,6%, e pela caminhada, com 21,6%. No entanto, a queda na demanda pelo transporte coletivo foi a mais acentuada dos últimos sete anos. No levantamento de 2017, 45,2% da população brasileira utilizava o ônibus, uma queda superior a 14 pontos percentuais. Apesar dessa redução, para 52% da população, o transporte coletivo ainda é a única opção de locomoção.

A principal causa da perda de passageiros no transporte coletivo, tanto em empresas públicas quanto privadas, foi o aumento do uso de carros próprios. Nos últimos sete anos, o percentual da população que optou por comprar um carro saltou de 22,2% para 29,6%. Outra parcela considerável de pessoas passou a preferir a motocicleta como principal meio de transporte, com uma adesão de 10,9% contra 5,1% em 2017. Outro fator determinante foi o crescimento do uso de aplicativos de transporte que representavam 0,1% em 2017 e hoje somam cerca de 11%.

Apesar disso, a pesquisa revela que o ônibus ainda é o principal meio de transporte das classes C, D e E, responsável pela locomoção de mais de 80% das pessoas que precisam sair de casa diariamente.

Principais aplicativos do país

No Brasil, os principais aplicativos de transporte incluem o Uber, presente em centenas de cidades e oferecendo serviços como UberX, Uber Comfort e Uber Black. O 99 é outra grande plataforma, a primeira brasileira no setor, com opções como 99Pop e 99Táxi. Ambos são populares por suas tarifas competitivas e pela integração com diferentes métodos de pagamento, incluindo dinheiro e Pix.

Uber
Uber segue como um dos principais aplicativos de transporte do país – Foto: Reprodução/Canva

Outro destaque é o InDrive: permite ao usuário negociar o preço da corrida diretamente com o motorista, ganhando popularidade em várias cidades. Além disso, o Cabify chegou a atuar no país, mas encerrou suas atividades em 2021. Já o Buser se diferencia por oferecer viagens de ônibus intermunicipais com preços mais acessíveis e utiliza um sistema de fretamento colaborativo.

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