Há quem pense que promover uma mudança nas práticas Ambiental, Social e de Governança (ASG) eleva os custos já previstos no orçamento da empresa. Há também quem pense que este movimento se dará de maneira natural sem que sejam feitas alterações nos formatos praticados. Por isso, é importante ressaltar que: mudanças são necessárias para que haja progressão.
Em nosso contexto histórico, nos deparamos com inúmeros equívocos praticados por gestores, que até então refletiam a sociedade de maneira sistêmica. Com o avanço de estudos sobre a sociedade, das empresas e do planeta Terra, percebemos a necessidade de nos engajarmos para promover a transformação necessária para podermos seguir de maneira mais orgânica.
Quando a tomada de decisão se dá a partir de dados técnicos e equipe especializada, é possível identificar que a médio e longo prazo os resultados são ostensivos. Mobilizar toda a sociedade para que todos se sintam pertencentes é um negócio promissor e vantajoso para todas as camadas.
Fomos apresentados a um dado – 167 anos para que pessoas negras e indígenas se equiparem a pessoas brancas nos setores público e privado – que nos fez refletir sobre o quanto estamos avançando na temática de diversidade racial e quais os resultados obtidos até aqui.
Em novembro de 2023, no 12º Fórum das Nações Unidas (ONU) sobre Empresas e Direitos Humanos, em Genebra, na Suíça, o Pacto Global da ONU – Rede Brasil apresentou um corpo técnico, novas empresas embaixadoras e empresas comprometidas com a questão raça, que foi para o topo da lista de ações afirmativas, que em 2022 tinha 22 empresas participantes e, em 2023, já se somavam 50.

Eventos como esse, pesquisas e análises de mercado nos trazem um panorama de como estamos caminhando e onde precisamos acelerar o “A” de ambiental e o “S” de social da sigla ASG, estão entre as prioridades. Zerar a fome e conter os eventos climáticos são fundamentais neste momento.
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) se prepara para a COP29, conferência do clima da ONU, que será realizada de 11 a 22 de novembro em Baku, no Azerbaijão. Segundo dados apresentados no portal, a diversidade foi um dos pilares para a seleção das 60 propostas selecionadas das 470 recebidas. Vão participar instituições representativas de pequenas e médias empresas, trabalhadores e cooperativas, movimento negro, academia, povos indígenas e povos e comunidades tradicionais.
A importância de incluir representantes de todos os polos é tão necessária quanto entender as urgências que estão nos atravessando no momento. Unir-nos para amenizar os impactos causados pelas diferenças sociais e pelos impactos gerados na natureza é um compromisso que deve se firmar e uma meta a se cumprir, para que as futuras gerações tenham a oportunidade de compreender que finanças, práticas sociais e meio ambiente devem caminhar juntos.