O alimento é um fator determinante na renda familiar e também na produção de embalagens. Você já parou para pensar no quanto produz de lixo e que tipo de resíduo é esse? Como ele será descartado e quanto tempo ele demora para se decompor?
De acordo com o portal do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o vidro está no topo da lista, com mais de 1000 anos para se decompor. O plástico demora mais de 400 anos, seguido pelo alumínio, com mais de 200 anos, o metal, com mais de 100 anos, e o tecido e o papel variam de 3 meses a 1 ano. Esses dados são relevantes não apenas para refletirmos sobre o impacto no meio ambiente, mas também sobre como isso interfere no nosso orçamento.
O portal também traz dados que nos fazem refletir sobre a nossa responsabilidade na hora de escolher o que e como consumir, já que um terço do lixo doméstico é composto por embalagens e aproximadamente 80% dessas embalagens são usadas apenas uma vez.
Segundo o site Recicla Sampa, há quatro tipos de resíduos domiciliares: orgânicos (restos de alimentos e materiais biodegradáveis), recicláveis (papéis, plásticos, vidros e metais), especiais (pneus, lâmpadas e óleo de cozinha, que podem ser reciclados, mas precisam de descarte adequado) e rejeitos (bitucas de cigarro, fraldas descartáveis, filtro de café e papel higiênico).
Acredito que você também tenha notado que a oferta de alimentos “práticos” de fácil consumo são ofertados em grande demanda nas prateleiras, geralmente em embalagens plásticas. E, nesse caso, a pergunta “quem paga por essas embalagens?” se faz necessária.
Vamos pensar em autodisciplina financeira: como ignorar esse cenário se ele nos afeta de tantas maneiras? Os alimentos embalados, que prometem facilitar a vida, na verdade, a tornam mais cara e o nosso planeta mais poluído.
A reciclagem surge como uma solução para o consumo, e se faz necessária diante das práticas que temos hoje. No entanto, precisamos promover a conscientização e a redução do consumo desnecessário. Não há o que fazer, senão descascarmos este abacaxi juntos.
Percebam: o suco industrializado vem em uma embalagem plástica para armazenar o líquido. Se você optar por descascar o abacaxi, além de evitar o plástico, também promoverá uma economia no orçamento, já que a fruta in natura custa menos.
A regra é clara: reduza, reuse ou, em último caso, recicle. Nossas ações têm levado mais de 100 milhões de toneladas de rejeitos, principalmente plásticos, ao Oceano Pacífico. O descarte correto e a estratégia de compra, priorizando fornecedores que têm responsabilidade ambiental e fazem uso de embalagens sustentáveis, que podem ser produzidas a partir de fontes renováveis, biodegradáveis ou recicladas, são essenciais.
A conta é simples e vale para outros tipos de consumo: não há vida sem planeta. As empresas já estão percebendo a importância de investir nessas embalagens, pois o retorno é garantido, e os consumidores estão cada vez mais engajados em provocar essa mudança para garantir tanto os rendimentos quanto a preservação do meio ambiente, que é de responsabilidade de todos nós.