Ainda que a tragédia tenha sido grande, especialistas afirmam que onda de saldo positivo poderá atingir o Brasil, por impulsionamento de compras para reconstrução do estado
Após as tragédias que aconteceram no Rio Grande do Sul, o governo tem buscado reconstruir o estado, contudo, o processo ainda é longo, como exemplo deste fator, é o que foi informado sobre a possibilidade do aeroporto só reabrir em dezembro.
Contudo, o processo de reconstrução impulsionará alguns setores da economia, especialmente o da construção civil e o comércio de eletrodomésticos.
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Devido a necessidade de refazer as moradias, a busca por material de construção aumentou e esses produtos devem ser encomendados sob demanda, para consertar as estradas que foram danificadas com o impacto das chuvas.
Ainda que seja uma movimentação que auxiliará na economia, especialistas temem que o preço desses materiais aumentem no Estado. Estima-se que a inflação não impacte o restante do Brasil.
De acordo com as professoras Angela Masuero e Denise Dal Molin, da escola de engenharia civil da UFRGS, os produtos mais procurados para realizar essa reconstrução, são: concreto, aço, tijolos e blocos de cêramica.
De acordo com as docentes, alguns dos insumos podem ser insuficientes, pois até as minas que possuem as substâncias que auxiliam a produzir esses materiais foram afetadas. Uma solução possível seria reciclar outros materiais, que serviriam como base para dar esse apoio.
Em relação aos produtos de linha-branca, boa parte das casas precisarão repor visto que as perdas aconteceram de uma só vez.
Os especialistas confiam que as movimentações do governo podem auxiliar a fomentar a economia. O presidente da Fecomércio do Rio Grande do Sul, Luiz Carlos Bohn, afirmou que precisam de dinheiro, pois não tem o que fazer para ajudá-los. “Estamos aflitos em busca de recursos para iniciar a retomada. Precisamos de dinheiro”, afirma.